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“Sinto presencialmente a necessidade que os nossos idosos têm de uma visita”

O padre Pedro Simões, da Unidade Pastoral de Oliveira do Hospital, alertou, hoje, para a necessidade que os idosos do concelho “têm de uma visita”. No programa “Palavras de Esperança”, o pároco oliveirense disse constatar no terreno o resultado do estudo divulgado hoje, Dia Internacional do Idoso, de que “um em cada quatro idosos sente-se só e tem sintomas depressivos”.

Hoje é “um dia especial”, para o padre Pedro que durante a semana aplica boa parte do seu Ministério “na visita concreta a muitos idosos” da Unidade Pastoral. Razão que o levou, hoje, a partilhar na Rádio Boa Nova que sente “presencialmente a enorme necessidade que os nossos idosos têm de uma visita, que não tem que ser uma visita prolongada”. “Dez minutos ou um quarto de hora chegam para dar alegria e tirar um sorriso a um idoso”, referiu.

Atendendo à geografia do concelho, o jovem sacerdote sabe que a distância contribui para que “o idoso se torne mais descartável”.

Há pouco mais de um ano a exercer o sacerdócio em Oliveira do Hospital, o padre Pedro Simões regista como positiva “uma presença muito forte das IPSS no concelho”. “Eu próprio presido a quatro IPSS no concelho e vejo que fazem um excelente trabalho ao nível do apoio domiciliário, do centro de dia, das ERPI. Os meus parabéns a todos os que, de facto, trabalham na área social, desde os assistentes sociais, enfermeiros, médicos, educadores, de forma a que possam olhar para os idosos como pessoas e gente que devemos respeitar com toda a dignidade possível”, afirmou esta manhã.

No programa “Palavras de Esperança”, o pároco oliveirense considerou ainda que há famílias que se preocupam com os idosos, “outras é assim-assim e outras nada”. “Há de tudo”, afirmou, notando que é importante fazer com que os idosos “não se sintam tristes, nem sós, nem desamparados”. “É importante que honremos os irmãos mais velhos, porque são de facto um poço de sabedoria, têm o doutoramento da escola da vida e ensinam-nos verdadeiramente muitas coisas”.

Por isso, defende que, no apoio que é prestado pelas IPSS, “é importante haver relação com a pessoa que é visitada e que é cuidada, porque se não é pura e simplesmente um serviço”. “Não basta assistência das IPSS, é importante haver alguma relação, perguntar ao idoso quantos filhos tem, quantos netos tem”. Contou que quando faz uma visita a um idoso, uma das coisas que faz “é reparar no álbum de fotografias, que normalmente existe nas casas, e perguntar: quem é esta, quem é aquele…”, para facilitar o diálogo.  

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