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Sindicato de Todos os Professores preocupado com presença de amianto no Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital

O Sindicato de Todos os Professores (STOP) iniciou, esta manhã, uma campanha de defesa pela escola pública. No arranque, no Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, a atenção recaiu no atraso da remoção do amianto.

André Pestana, um dos dirigentes do STOP, à Rádio Boa Nova referiu que o propósito de “percorrer praticamente todos os distritos de Portugal Continental”, numa caravana, é de defender a escola pública e “salvaguardar a saúde de todos que trabalham” nela.

“Vamos tentar sempre denunciar alguns temas. Hoje, essencialmente, é a questão do amianto que é uma autêntica vergonha nacional”, explicou o responsável, lembrando que “é uma substância cancerígena”. “Continuamos a ter centenas de escolas em Portugal com amianto e o que é impressionante é que há uma lei, aprovada há sete anos, para retirar o amianto. Este Governo tem sempre milhões, mas para proteger a saúde de milhares de crianças, funcionários e professores, que estão diariamente expostas a esta substância, não tem dinheiro”, referiu.

Segundo André Pestana, o caso concreto do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital é preocupante, uma vez que “retiraram parcialmente o amianto em alguns sítios, mas noutros mantém-se, ou seja, o problema continua”. “Têm aqui o material que supostamente é para substituir, já há vários meses”, disse o dirigente, reforçando que, ainda assim, é necessária uma especial atenção visto que “a Quercus denuncia que as novas estruturas, além de serem altamente inflamáveis, também são cancerígenas”. “São coisas que parece que é para tapar o buraco provisoriamente e que, depois, vai haver um negócio daqui a uns anos para voltar a mudar. Nós estamos fartos. Queremos salvaguardar a saúde de todos os que trabalham na escola pública”, defendeu.

Para além de demonstrar a sua insatisfação, o Sindicato deslocou-se até Oliveira do Hospital para “ouvir os colegas que estão na escola diariamente, as suas inquietações, preocupações e as suas propostas”. André Pestana refere que “os professores devem lutar de uma forma convicta e frutuosa contra as políticas educativas”.

Beatriz Cruz (jornalista estagiária)

 

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