O comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, adiantou que cerca de “90% do perímetro do incêndio” que lavra desde dia 6 de agosto na região da Serra da Estrela está já dominado, mantendo-se uma frente ativa e uma outra frente com pontos quentes suscetíveis de reativarem durante a tarde.
“Este fogo mantém uma frente ativa do lado do distrito de Castelo Branco, na zona da Covilhã, entre a Quinta da Atalaia e Orjais, onde existe maior concentração de meios”. Já na frente de incêndio na Guarda, acrescentou André Fernandes, há “vários pontos quentes com oportunidade de abertura de incêndio”, ou seja, de reativação.
“Cerca de 90% do perímetro do incêndio está dominado”, indicou André Fernandes, adiantando que a maioria da população retirada devido às chamas já regressou às suas casas.
Questionado sobre quantos hectares arderam desde a reativação deste fogo na segunda-feira, depois de ter sido dado como dominado na sexta, o responsável da Proteção Civil disse que “a área estimada ardida cifra-se em 10 mil hectares”. Explicou ainda que grande parte desses 10 mil hectares ardeu “durante quatro a cinco horas com bastante violência logo no dia 15”.
Este incêndio deflagrou originalmente na madrugada de 6 de agosto em Garrocho, na Covilhã, distrito de Castelo Branco, alastrando aos concelhos de Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira, no distrito da Guarda.
Face ao agravamento da situação meteorológica, no dia em que o IPMA alertou para uma nova onda de calor em Portugal, André Fernandes diz que as equipas se mantêm a postos no terreno para responder a qualquer reacendimento.
“Vamos fazer esta avaliação com calma e ponderação e avaliar quais as áreas com maior aumento de risco [de reativações].”
O vento, cuja intensidade tem vindo a aumentar, é a principal preocupação da Proteção Civil no combate ao incêndio.
Pelas 12h20, estavam mobilizados no terreno 1.235 operacionais, apoiados por 393 veículos terrestres e 12 meios aéreos, de acordo com o site oficial da ANEPC.