Depois de anunciada a localização para o novo aeroporto, que se irá situar em Alcochete, a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra vem, agora, reivindicar “um conjunto de infraestruturas que têm que ser feitas em nome da coesão”.
Após Conselho Intermunicipal, realizado em Oliveira do Hospital, a CIM revelou “uma posição unânime de todos os Municípios sobre a localização do novo aeroporto”. No final da reunião, em declarações aos jornalistas, Emílio Torrão avançou que “a CIM de Coimbra assumiu uma posição em prol da defesa da coesão territorial”.
“Não era nenhuma birra nossa. Tínhamos uma posição fundamentada. Mantemos essa posição hoje, com total respeito pela decisão que foi tomada”, explicou o presidente da CIM. No entanto, a entidade reclama “um conjunto de infraestruturas que têm que ser feitas para melhorar as acessibilidades de todos os cidadãos deste país ao novo aeroporto em tempo útil”. “Não podemos continuar a usar as estradas antigas do tempo da realeza para aceder ao aeroporto, como é o caso de Oliveira do Hospital”, afirmou o também autarca de Montemor-o-Velho.
1 milhão de Euros na defesa da floresta
Na reunião, que juntou os presidentes da região de Coimbra, foi também divulgado “um grande projeto que vai incidir sobre 600 hectares do território”. De acordo com Jorge Brito, secretário executivo da CIM Coimbra, “o projeto vai contribuir para a mitigação e aumento da resiliência face a incêndios florestais. “É um investimento perto de um milhão de euros, a acontecer em vários Municípios, entre os quais Oliveira do Hospital, numa altura em que estão a ser preparados os dispositivos para a fase mais crítica”, explicou.
Região unida pela conclusão do IC6
Questionado sobre o ponto de situação da conclusão do IC6, José Francisco Rolo avançou que “houve um concurso que levou à adjudicação do projeto de execução a uma empresa que tem 300 dias o executar”. Assim, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital tenciona “apelar e continuar a reivindicar pela conclusão da obra desde o nó de Tábua até à Folhadosa, fazendo depois ligação à A25”. “É importante que a CIM tenha assumido a prioridade deste projeto”, referiu o autarca.
Planos intermunicipais de saúde
Ana Paula Santana, especialista em organização de cuidados de saúde, foi convidada a apresentar um “trabalho que está a ser feito em colaboração com a Universidade de Coimbra”. Segundo Emílio Torrão, o projeto “vai permitir dar ferramentas para uma estruturação diferente, nomeadamente na planificação da elaboração de perfis intermunicipais e municipais para a saúde que vão determinar a orientação estratégica para os próximos anos”. O mesmo “vai culminar, no próximo ano, com a apresentação de planos intermunicipais para a saúde”. Para além de querer garantir melhores cuidados de saúde, um dos objetivos da CIM é também “diminuir a taxa de mortalidade”.