O presidente do Município de Seia, Carlos Filipe Camelo, confirmou esta manhã, à Rádio Boa Nova o falecimento da primeira mulher do concelho a quem foi confirmada a infecção por COVID-19.
“Não confirmo os quatro casos . Ontem recebemos o relatório da (Unidade Local de Saúde) ULS Guarda e na verdade retrata os mesmos números revelados no fim de semana (pelo município), os dois casos para o concelho de Seia”. Carlos Filipe Camelo atribui a divergência da informação ao facto de a Direção Geral de Saúde utilizar “metodologias mistas” , recebendo informação das Administrações Regionais de Saúde, quer do sistema de nacional de vigilância epidemiológica. “Mas em termos da ULS, a informação que tivemos foram os dois casos”, referiu.
Esta manhã, Carlos Filipe Camelo, confirmou o falecimento da primeira mulher infetada pela COVID-19. “Não conheço o termo da certidão de óbito. Mas senhora deu entrada no hospital da Guarda, onde fez teste positivo à COVID e ontem de manhã foi-lhe declarado o óbito. Tudo indicia que tenha sido vítima de Covid 19”, afirmou o autarca, referindo que a mulher de 70 anos faleceu nos Hospitais da Universidade de Coimbra, para onde tinha disso encaminhada, “dadas as condições de saúde”.
O segundo caso de COVID-19 no concelho de Seia está ser acompanhado pela delegada de Saúde Pública, que tem dado conta de que “está a evoluir de forma favorável”. “A pessoa está em casa, e é ainda uma pessoa nova”, informou o Carlos Filipe Camelo.
Esta manhã, o autarca referiu que o momento atual é de “alguma inquietude”, mas mostrou-se satisfeito por desde ontem estar a funcionar no hospital de Seia uma Área de Despistagem COVID-19 (ADC), com realização de testes no horário das 08h às 20h, 7 dias por semana, que presta apoio à populaçõ do concelho de Seia, Gouveia e Fornos de Algodres. “Esta disponibilização de testes que as pessoas podem realizar vai fazer avolumar a triagem que não tem acontecido na maioria das vezes”, referiu Carlos Filipe Camelo.
Segundo o autarca, a triagem iniciou ontem, embora já funcionasse no hospital um gabinete COVID 19 na semana anterior. “Qualquer pessoa pode ter acesso, sendo que as condições primeiras são pelo acesso à linha 14 , seguindo depois a orientação da DGS”, explicou.
“É uma ferramenta, um instrumento de trabalho que neste momento está nas mãos dos profissionais de saúde que no contexto em que a transmissão do vírus está colocada em termos comunitário, é algo que nos pode tranquilizar mais naquilo que possam ser as preocupações reinantes em cada um de nós. Sabemos que para o vírus não há fronteiras e se levarmos um conjunto de medidas por diante no combate à pandemia com certeza que ficamos mais tranquilizados relativamente à preocupação dominante para todos”, referiu à Rádio Boa Nova. À população do concelho e da região, Carlos Filipe Camelo apelou para que “fiquem em casa”. “É a melhor forma de nós nos posicionarmos. É um momento que contraria a nossa mentalidade, mas que poderá compensar no contexto de recuperação”, referiu.
