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Segundo dique rebenta no Mondego mas situação tem tendência a desagravar

A passagem das depressões Elsa e Fabien por Portugal assolou o Norte e Centro de Portugal e deixou um rasto de destruição que levará dias ou até semanas até conseguir ser controlado. Uma das zonas que ainda causa mais preocupação é o Baixo Mondego. 

Ao início da noite deste domingo, rebentou o segundo dique do rio que se encontrava em risco. “Vamos ter de manter uma vigilância muito apertada”, começou por dizer às televisões Emílio Torrão, presidente da Câmara de Montemor-o-Velho.

Ainda de acordo com o autarca, a rotura terá cerca de 30 metros e ocorreu num sítio que já tinha sido identificado como um potencial problema pela autoridades.

O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, foi informado da situação e entrou em contacto com a EDP para garantir que sejam evitadas “descargas” nas próximas horas.

Por precaução, a Proteção Civil já tinha lançado, ainda durante a tarde, um aviso de evacuação da zona baixa da localidade do Casal Novo do Rio. Duas horas depois, o comandante operacional distrital de Coimbra, Carlos Tavares explicava, em conferência de imprensa, que, num quadro geral, “neste momento, no concelho de Coimbra a situação tende a desagravar”.

E a situação tende a voltar à normalidade também noutras zonas do país. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) realizou, ao final da tarde de ontem, na sua sede, em Carnaxide, um balanço das ocorrências relacionadas com a situação meteorológica adversa que esta semana afetou todo o país e, ao que tudo indica, o pior já passou.

“Quer as situações do rio Douro, do rio Tâmega, do Túa, do próprio rio Tejo, são situações que tendem para a normalidade. Os caudais estão a recuperar aquilo que são os seus limites normais. […] Estamos a ter um abaixamento das condições de risco que temos assistido nos últimos dias”, garantiu aos jornalistas o brigadeiro-general Duarte da Costa.

Este domingo, refira-se, foram registadas 408 ocorrências, um número que traduz uma diminuição considerável quando comparado com as “mais de duas mil ocorrências por dia” que se tinham registado na sexta-feira e sábado.

Foto: JN

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