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Santuário Nª Srª das Preces: Prémio de 50 mil Euros “é uma benção de Deus” (com vídeo)

O presidente do Município de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, considerou hoje que o prémio Vilalva, atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian para a recuperação do jardim …

… botânico do Santuário de Nª Srª das Preces, em Aldeia das Dez, é “uma bênção de Deus”.

Na cerimónia de entrega do prémio de 50 mil Euros e que, entre outros, contou com a presença de Isabel Mota, presidente da Fundação Gulbenkian, o autarca oliveirense referiu que o município “já gastou mais de um milhão de Euros” nas respostas que teve que dar após o grande incêndio, preterindo a obra física para apoiar “os que ficaram absolutamente sem nada”. “Tivemos que fazer coisas simples e opções claras e políticas”, referiu José Carlos Alexandrino, considerando por isso que “este dinheiro é uma bênção, porque a Câmara Municipal já evita esse investimento”. “É uma bênção de Deus que o júri tenha escolhido este projeto”, referiu.


O grande incêndio de outubro afetou grande parte do jardim botânico do Santuário, dizimando várias espécies únicas e árvores centenárias. O prémio Vilalva prevê a recuperação do espaço, com ação de reflorestação e implementação de um projeto de educação ambiental e criação de percursos pedestre. “ O santuário é um importante património que temos que valorizar e preservar, como espaço de culto, de lazer e promoção dos valores da ecologia e educação ambiental”, observou o autarca oliveirense, destacando também o potencial turístico de Aldeia das Dez, que “talvez seja a aldeia que tem maior número de visitantes”. “Este Santuário e o Monte do Colcurinho são fundamentais para projetar o turismo de Oliveira do Hospital. É com este tipo de projetos que Oliveira do Hospital continuará a renascer”.

Para a atribuição do prémio Vilalva, que já vai na 10ª edição valeu a história do Santuário, mas também a tragédia que o afetou. “O júri reconheceu a importância do histórico, como a motivação sobretudo depois de os incêndios terem atingido parcialmente os jardins”, afirmou a presidente da Fundação Calouste Gulbenkian. Isabel Mota explicou que a atribuição do prémio tem em vista a recuperação dos jardins e envolvente paisagística do Santuário “para que recupere os valores arquitetónicos, adquira notoriedade e se distinga como espaço de cultura, lazer e educação ambiental nesta região”. Segundo a responsável,l que apreciou a beleza do Santuário, valeu também a “conjugação de vontades” que a Irmandade de Nª Srª das Preces conseguiu reunir, nomeadamente a Associação para o Desenvolvimento da Serra do Açor (ADESA), a Junta de Freguesia de Aldeia das Dez e o Município de Oliveira do Hospital. Pesou, de igual modo, o facto de o acompanhamento científico no processo de recuperação do jardim ficar a cargo de Helena Freitas, especialista em botânica e defensora da biodiversidade.


Abel Gouveia, presidente da Irmandade de Nª Srª das Preces,  partilhou por isso o “orgulho” em receber o prémio Vilalva, que vai permitir “erguer de novo este parque botânico, ex-libris de Oliveira do Hospital, que na tarde  e noite de 15 de outubro, ficou devastado para grande tristeza nossa”. Mostrou-se grato por todas as entidades que tornaram possível a atribuição do prémio. Este foi um sentimento partilhado por Carlos Castanheira, presidente da Junta de Freguesia de Aldeia das Dez, que se mostrou grato à Fundação Calouste Gulbenkian.

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