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S. Gião: “Se não houver apoio para recuperar as segundas habitações, isto fica um deserto completo”

O presidente da Junta de Freguesia de S.Gião, no concelho de Oliveira do Hospital, está preocupado com a demora na recuperação das 25 casas de segunda habitação…

… afetadas pelo incêndio de 15 de outubro e que em cada ano eram responsáveis por atrair gente à freguesia.

O grande incêndio, ocorrido no  ano passado, devastou sete casas de primeira habitação e 25 segundas habitações na freguesia de S.Gião, em particular nas localidades anexas do Covão, Barroca, Alentejo e Parceiro, onde atualmente residem cerca de 30 pessoas. Nesta última localidade, para além da destruição de habitações houve ainda a registar a morte de duas pessoas na fatídica noite.

A esta altura está em curso a recuperação de duas casas na freguesia. Mas, 10 meses após o incêndio, Luciano Correia, está particularmente preocupado com as casas de segunda habitação, considerando que “se não houver um apoio do poder local e central para restaurar as casas, isto fica um deserto completo”. E os sinais já foram visíveis nas habituais festas de verão em que “se notou a falta de gente”. “Antes vinha toda a gente. Tinham as suas casas e enchiam as aldeias. Sem as casas é lógico que não vêm”, lamenta o autarca.

No processo de recuperação das habitações, Luciano Correia espera que não se repita em Oliveira do Hospital aquilo que está a acontecer em Pedrogão Grande e que considera “vergonhoso”. Entende que, por cá, o apoio é necessário e é a maneira de “se reconstruir e chamar de novo as pessoas com raízes na freguesia”.

Sobre esta matéria, o presidente do Município de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, disse em reunião pública do executivo que o município está disponível para “ir ao fundo de apoio municipal para apoiar a recuperação das casas de segunda habitação. Considerou, porém, que o governo deveria também apoiar a recuperação com uma comparticipação, ao contrário do que fez, que foi “passar a responsabilidade para as câmaras municipais”.

Refira-se que o prazo para os pedidos de financiamento destinados a recuperar segundas habitações danificadas pelos incêndios do ano passado foi prolongado até 30 novembro. Também foram  eliminadas algumas etapas do processo, for forma a “salvaguardar a celeridade da instrução dos processos”.

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