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Rolo aclama “vitória” e acusa coligação de querer “destruir o futuro de Oliveira do Hospital”

Falta uma semana para as eleições autárquicas de 26 de setembro, e foi já a aclamar “vitória” que o candidato pelo PS à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital fechou o comício na localidade de Senhor das Almas, onde acusou a coligação do PSD/CDS-PP de querer “destruir o futuro” do concelho. José Carlos Alexandrino, candidato à Assembleia Municipal pelo PS, acusou ainda Francisco Rodrigues de se ter tornado “num mentiroso compulsivo”.

A tarde de ontem foi de “apoio” em torno da candidatura “Juntos na Linha da Frente” liderada por José Francisco Rolo, num encontro autárquico que se mostrou forte no Parque Merendeiro do Senhor das Almas, na freguesia de Nogueira do Cravo.

E o apoio maior partiu do ainda presidente do Município de Oliveira do Hospital, que por limitação de mandatos “passou a pasta” a José Francisco Rolo, seu vice-presidente nos três mandatos e que considera ser “de longe, o candidato mais bem preparado para continuar a grande obra” já realizada. Avançou, mesmo, que “comparar José Francisco Rolo ao candidato da coligação é comparar o vinho bom com o vinagre de má qualidade”.

O atual momento que se vive no concelho, levou mesmo José Carlos Alexandrino a fazer o “mea culpa” e a pedir desculpa ao Partido Socialista que “tantas vezes” o avisou de que Francisco Rodrigues “não era um homem de confiança”. “Foi afastado por mim quando eu percebi que não estava para servir o concelho, quando fez com que alguns empresários fossem para outros concelhos, porque nunca deu conhecimento ao presidente da Câmara Municipal”, contou.

“Um candidato que viveu à minha sombra durante 11 anos. Ele apenas serviu para servir a sua ambição, os seus luxos e a sua vaidade”, continuou o candidato à Assembleia Municipal, acusando ainda Francisco Rodrigues de se ter tornado “num mentiroso compulsivo” para “denegrir” o executivo e a candidatura PS. “Nunca participou em nenhuma reunião onde foram negociadas as verbas que vieram para Oliveira do Hospital”, sentenciou, referindo ainda que “ele é só candidato porque me pediu duas coisas e eu não lhas dei: ir para o Conselho de Administração do Crédito Agrícola e ir para diretor da empresa de Águas Públicas da Serra da Estrela. Eu disse que não. Ainda bem que disse que não, porque agora temos um candidato que é fraco no PSD”, afirmou.

Naquele que é apontado como “o grande comício do PS”, Alexandrino apontou ainda na direção do seu adversário na corrida à Assembleia Municipal, o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos que não pode andar a pedir ao governo “transparência e honestidade e competência”, e depois em “Oliveira do Hospital serve-lhe qualquer coisa onde não têm esses atributos”.

José Carlos Alexandrino verifica que Francisco Rodrigues dos Santos está “muito fragilizado” e chega a antecipar que “se calhar, em Oliveira do Hospital, pode ser o seu funeral político”.

À comparação que tinha sido feita por Alexandrino, o cabeça de lista pelo PS à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital reagiu com a certeza de que a sua candidatura é de “facto uma boa colheita e com provas dadas”. Desafiou a todos para que comparem as listas, porque “é mais fácil a escolha no dia 26”.

Notando que “dá para contar o tempo autárquico em Oliveira do Hospital antes de José Carlos Alexandrino e depois”, Rolo apelou ao voto em Alexandrino para a Assembleia Municipal.

“Começámos o mandato com o maior incêndio de sempre de que há memória em Portugal e terminámos o mandato com a maior pandemia de há 100 anos a esta parte. Pergunto: houve um executivo que alguma vez fosse tão posto à prova com tantas dificuldades? Sabem que não. Mas estivemos presentes, estivemos lá sempre quando foi preciso. Tivemos um grande líder e fomos uma grande equipa. Sinto a honra a e a responsabilidade de herdar, sem complexos, o legado de José Carlos Alexandrino. Digo sem problemas, com honra e responsabilidade”, afirmou.

Rolo vai a votos com “uma equipa nova e reforçada para trabalhar todos os dias por Oliveira do Hospital” e para “construir”. Pelo contrário, considerou que as propostas dos seus adversários são para “destruir o futuro”.

Sobre sondagens, o candidato socialista considerou que são visíveis nas ações que vão sendo feitas. “As sondagens estão aqui, eles também estiveram aqui. Nem um quinto, nem um décimo das pessoas juntaram aqui. Comparem onde é que está a força. Há um movimento crescente de sul para norte e de norte para sul”, observou.

A certeza é de que o PS “não abandona ninguém” e não tem uma candidatura “do ego de um homem só”. “Vamos estar sempre na linha da frente a proteger os mais vulneráveis e desfavorecidos, vamos continuar a cuidar daqueles que têm menos condições habitacionais. Sim, porque nós não abandonamos ninguém. Esta não é candidatura do ego de um homem só”, afirmou.

José Francisco Rolo dá a cara por uma “candidatura de gente experiente”. “Há dúvidas em quem votar? Está aqui uma grande coligação. Esta é uma grande equipa. Coligação, coligação é a linha da frente com a população. Coligação, coligação é o PS com a população. Estamos cá para servir e podem contar connosco até ao fim”, concluiu o candidato que, de forma entusiasta, aclamou “Vitória!, Vitória! Vitória…”

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