Foi hoje assinado o auto de consignação da empreitada de “adaptação de edifício em residência de estudantes do Politécnico de Coimbra” (IPC) que irá oferecer 98 camas a alunos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH). Os trabalhos terão início na próxima semana e têm um prazo previsto de conclusão de 12 meses, pretendendo-se que a residência esteja disponível para receber os estudantes já no próximo ano letivo 2025/26.
A futura residência de estudantes representa um investimento que ascende a cerca de 4,5 milhões de euros por parte do Politécnico de Coimbra, financiado quase na totalidade por fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com uma participação de 600 mil euros da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.
“Hoje é um dia importante para o Politécnico de Coimbra e para Oliveira do Hospital”, começou por referir Jorge Conde, presidente do IPC. Para o responsável, “este era um desejo antigo” e a “oferta de alojamento na cidade vai permitir que a escola continue a desenvolver o trabalho que tem feito”. Segundo Jorge Conde, apesar “do crescimento em número de estudantes”, há “dificuldade em fixar alunos” e isso também se deve à falta de alojamento. Problema que, em breve, ficará resolvido ou pelo menos melhorado com a criação da residência.
“Vamos ajudar a escola a crescer”, afirmou, avançando que o objetivo é “chegar aos 1000 alunos” e “o alojamento é um passo para isso”, uma vez que “os alunos terão melhores condições”.
O segundo objetivo, como ressalvou Jorge Conde, “é fazer a obra neste edifício”. “Recuperar este edifício histórico é uma forma de mostrar que o Politécnico está com a história da cidade”, justificou. Para o presidente do IPC, era fundamental que a residência se situasse “no centro da cidade” e “próxima das futuras instalações da escola”. “O objetivo do Politécnico de Coimbra é ser um agente do território”, defendeu, mostrando-se satisfeito com o arranque dos projetos.
Orgulhoso estava igualmente José Francisco Rolo. O presidente do Município de Oliveira do Hospital elogiou Jorge Conde pela “aposta na ESTGOH” que acaba por “valorizar o Politécnico de Coimbra e toda a região”. Atualmente com 700 alunos, a meta de chegar aos 1000 estudantes está bem traçada. O autarca não tem dúvidas de que a residência e as futuras instalações, que ficarão a uma distância de cerca de 150 metros, sejam um fator crucial para que tal aconteça.
Para José Francisco Rolo, “este projeto é ambicioso”, “vem dar força à ESTGOH” e potencializar a “qualificação da região”. Para além da criação de alojamento, as obras no antigo hotel S. Paulo terão também um papel importante na “regeneração urbana”, na “dinamização” e no “desenvolvimento económico e social” da cidade.
Com este “projeto transformador de coesão territorial, a cidade dará um grande salto” e “esta zona ganhará uma nova vida e uma nova centralidade”, como afirmou Rolo.
Na ocasião, agradeceu “o empenho” de José Carlos Alexandrino “para que este projeto fosse uma realidade”.
Ricardo Rodrigues, representante da ISIDOVIAS, empresa à qual foi adjudicada a obra, deu conta de que “as obras arrancam na próxima semana” e os “trabalhos de demolição estão previstos para meados de outubro”.