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“Relaxamento” leva a aumento de infeções em Oliveira do Hospital. A incidência é de 561 casos por 100 mil habitantes

O concelho de Oliveira do Hospital regista uma taxa de incidência de 561 casos por 100 mil habitantes, com um acumulado de 108 casos nos últimos 14 dias. O “relaxamento e pensar que a vacina dá uma eficácia total” justifica o aumento de infeções.

Os números foram avançados à Rádio Boa Nova pelo especialista Carlos Antunes, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que, esta tarde no espaço de análise à pandemia da Covid-19, considerou que “a situação de Oliveira do Hospital e de alguns municípios era expectável porque não ficaram sujeitos a restrições de horários e atividade”. “O número de contactos e convivência das pessoas levou a esse aumento da incidência”, referiu o conhecido oliveirense, que esta tarde notou que “Oliveira do Hospital tem, desde há um mês e meio, estado a assistir a um aumento progressivo e gradual da incidência”, que se situa” acima dos 480 casos”. Pese embora a subida dos números, Carlos Antunes refere que “não são expectáveis medidas adicionais não farmacológicas” e que “cabe a cada um de nós fazer a tal auto avaliação de risco, em situações que vivemos diariamente, quando nos deslocamos a sítios com aglomerações e sítios fechados”.

O especialista não tem dúvida de que os números “revelam um relaxamento, um pensar que a vacinação dá uma eficácia total, mas não dá”. “Há sempre uma relativa probabilidade, entre 15 a 20 por cento, de podermos contrair a infeção, e uma probabilidade mais pequena de desenvolver doença grave”, avisou.

No que respeita à situação no país que, nas últimas 24 horas ,registou 15 óbitos e 3.203 novos casos de infeção, Carlos Antunes considera que “não é de estranhar um aumento da incidência (nos próximos dias) face ao retirar das medidas de restrição de horários no dia 1 de agosto. Estima que a situação abrande em setembro, “ quando atingirmos os 70 por cento de vacinação completa”.

Sobre a vacinação dos mais novos, que deverá acontecer em massa neste mês de agosto, o especialista sublinha que “a necessidade de vacinar os mais novos é para cumprirmos uma determinada meta de percentagem de vacinação, que nos leve próximo da imunidade grupo, que será difícil devido a esta variante”. Segundo Carlos Antunes, em setembro deverá ser atingido o limiar de 70 por cento de população vacinada, mas nota que “é necessário atingir um limiar que seja acima dos 85 por cento”, momento em que “não necessitaremos sequer de usar a máscara”. Ainda assim, por ocasião do início das aulas, estima que “teremos uma situação mais confortável”.

Na Rádio Boa Nova, Carlos Antunes considerou que o atual momento é de “rescaldo final”, mas “não podemos abandonar o incêndio porque não está completamente dominado”. ”A palavra continua a ser de cautela e prudência, porque protegendo-nos estamos a proteger toda a gente”, referiu, explicando que a própria vacinação dos mais novos tem em vista “a proteção de toda a comunidade”.

Confira no vídeo em baixo a análise completa:

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