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Região: PJ deteve mais um membro da rede que colocava imigrantes ilegais em Portugal

Um homem de 37 anos, de nacionalidade estrangeira, foi detido pela PJ por suspeitas de vários crimes, entre os quais auxílio à imigração ilegal. Ao suspeito, as autoridades apreenderam diverso material “sofisticado”. Na mesma operação já tinham sido detidas outras 13 pessoas.

Em comunicado enviado à Rádio Boa Nova, a Polícia Judiciária (PJ) refere que a detenção ocorreu ontem (1), no Centro do país, tratando-se de mais um elemento de um grupo criminoso que se dedicava à prática reiterada de vários crimes, entre os quais auxílio à imigração ilegal, corrupção, branqueamento de capitais e falsificação de documentos.

De acordo com os inspetores, o homem, de 37 anos, pertencia à rede criminosa desmantelada no passado mês de maio, no âmbito da operação Gambérria, na qual foram detidas 13 pessoas, entre as quais sete empresários, uma advogada e uma funcionária da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

No dia de ontem, a PJ cumpriu três mandados de busca, sendo que no decurso das mesmas resultou a apreensão, entre outros, de um enorme acervo de documentação utilizada em processos de legalização irregular de estrangeiros, um veículo automóvel, uma pistola de calibre 7,65 mm, munições, dois pares de algemas, coletes táticos e um detetor de metais.

Foram ainda apreendidos “sofisticados” equipamentos eletrónicos para copiar/captar códigos de segurança para abertura remota e para clones de cartões, um inibidor de sinais de comunicações ‘jammer’, um binóculo de visão noturna, um mini gravador laser, que pode ser usado em falsificações, peças de metal que estavam a ser trabalhadas para a conceção do que aparenta ser uma pistola metralhadora.

As autoridades apreenderam ainda ao suspeito “dinheiro e equipamentos informáticos”.

A “complexa investigação”, como descreve a PJ, foi iniciada em setembro de 2023 e concluiu que a rede em questão dedicava-se “à legalização irregular e massiva de cidadãos estrangeiros em Portugal”, com “proventos financeiros na ordem dos milhões de euros”.

O suspeito detido ontem é também estrangeiro e não tem antecedentes criminais em Portugal. Ao ser presente a primeiro interrogatório judicial, ficou sujeito à medida de coação mais gravosa, a de prisão preventiva.

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