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Região Centro: 45 mortes, 800 casas e 500 empresas atingidas nos incêndios de 15 e 16 de outubro

Os incêndios que há um mês atingiram particularmente 27 concelhos da região Centro provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, destruíram total ou…

… parcialmente cerca de 800 habitações permanentes e cerca de outras tantas casas, quase 500 empresas e extensas áreas de floresta.

Provocando prejuízos que ascendem a várias dezenas de milhões de euros, os fogos de 15 e 16 de outubro afetaram de forma mais grave os municípios de Aveiro, Castelo de Paiva e Vagos, no distrito de Aveiro; Oleiros e Sertã (Castelo Branco); Arganil, Figueira da Foz, Lousã, Mira, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Tábua e Vila Nova de Poiares (Coimbra); Gouveia e Seia (Guarda); Alcobaça, Marinha Grande, Óbidos e Pombal (Leiria); e Carregal do Sal, Mortágua, Nelas, Oliveira de Frades, Santa Comba Dão, Tondela e Vouzela (Viseu).

Vinte e quatro das vítimas mortais ocorreram no distrito de Coimbra, metade das quais no concelho de Oliveira do Hospital, quatro em Penacova, quatro em Arganil, três em Tábua e uma em Pampilhosa da Serra.

Em Viseu, as chamas provocaram 16 óbitos, seis dos quais em Vouzela, cinco em Santa Comba Dão, dois em Tondela e três em Carregal do Sal, Nelas e Oliveira de Frades, enquanto na Guarda, no município de Seia, faleceram três pessoas, tendo as restantes duas mortes acontecido na A25 (autoestrada Aveiro/Vilar Formoso), nas zonas de Pinhel (Guarda) e de Sever do Vouga (Aveiro), segundo a lista divulgada, em 26 de outubro, pela Autoridade Nacional de Proteção Civil e pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.

Dos cerca de 70 feridos, mais de uma dezena sofreram lesões graves.

De acordo com o mais recente levantamento feito pelo Governo, que também inclui os concelhos dos distritos de Braga, Bragança, Lisboa, Porto, Santarém, Viana do Castelo e Vila Real abrangidos pela declaração de calamidade, decretada, pelo Governo, em 21 de outubro, foram afetadas um total de cerca de 900 casas de primeira habitação.

Daquelas cerca de 900 primeiras habitações total ou parcialmente destruídas, perto de 800 localizam-se na região Centro (distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu), de acordo com os dados recolhidos pela agência Lusa junto de responsáveis e instituições locais.

No âmbito do Programa Excecional de Apoio Financeiro, “dirigido às famílias cujas habitações permanentes foram danificadas ou destruídas pelos incêndios de grandes dimensões que ocorreram no dia 15 de outubro de 2017” (aprovado pelo Conselho de Ministros em 02 de novembro), foram disponibilizados 30 milhões de euros, anunciou, no início de novembro, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques (montante ao qual acrescerão indemnizações de seguros).

Meio milhar de empresas na região Centro foram também atingidas pelos incêndios, de acordo com os cálculos adiantados pelo Governo, que anunciou a atribuição de 100 milhões de euros a fundo perdido e a abertura de uma linha de crédito, em igual montante (cujos respetivos avisos de candidatura já foram publicados) para a reconstrução destas unidades.

Os incêndios também provocaram elevados prejuízos na agricultura e na agropecuária, a morte de milhares de animais e a destruição de extensas áreas de floresta, deixando em risco milhares de postos de trabalho e o suporte económico de muitos dos concelhos afetados.

Na sequência dos fogos que deflagram em 15 de outubro foram consumidos 190.090 hectares de floresta, cerca de 45% da área total ardida este ano, de acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Os dois incêndios que destruíram maiores áreas ocorreram no distrito de Coimbra, nos concelhos da Lousã, onde foram atingidos cerca de 43.900 hectares, e de Oliveira do Hospital (perto de 43.200 hectares).

com: lusa.pt

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