A campanha do PSD no distrito de Coimbra lembrou ontem, quarta-feira, o setor agrícola e o mundo rural, com a caravana dos candidatos a passar nos Concelhos de Montemor e Vila Nova de Poiares.
De manhã, no concelho de Montemor-o-Velho, os candidatos visitaram a Feira Quinzenal da vila, acompanhados por responsáveis locais do PSD e da JSD, fazendo contactos com a população. Visitaram, de seguida, a Cooperativa Agrícola de Montemor-o-Velho e a Cooperativa Agrícola de Bebedouro, acabando a manhã visitando uma grande exploração de leite situada em Arazede, uma zona em que o número de produtores de leite caiu a pique nas últimas décadas e só as maiores explorações conseguem, a custo, sobreviver.
A tarde, em Vila Nova de Poiares, foi sobretudo dedicada a visitar empresas ligadas ao setor alimentar e à floresta. Nas visitas, os candidatos foram alertados para a questão da subida dos preços de muitas matérias-primas e subsidiárias, com especial relevo para a abrupta subida do preço da energia que pode colocar em causa a subsistência de muitas empresas.
Para sublinhar “o apreço pelo papel que desempenham nas nossas comunidades”, os candidatos visitaram brevemente a APPACDM de V.N. Poiares.
“Sendo responsáveis por cerca de 90% do território, a agricultura e as florestas reclamam um especial cuidado, e é preciso assegurar uma abordagem mais ampla da atividade agrícola, olhando-a como parte da economia envolvente, procurando sinergias com outros setores produtivos, fomentando a diversificação da base económica local e abrangendo também as preocupações de ordem social das comunidades rurais”, defende a candidatura do PSD em comunicado enviado à Rádio Boa Nova.
Na ocasião, os candidatos a deputados pelo PSD tiveram a oportunidade de apresentar algumas das propostas para o setor primário e para o Distrito. “Na questão da floresta, por exemplo, é prioritário que se melhore o ordenamento e aumente o investimento florestal público e privado nos territórios com potencial florestal, em particular nos que foram vítimas dos grandes incêndios e para os quais muito do prometido ficou por fazer”.
Entre as medidas prioritárias do programa do PSD estão: “concentrar uma maior proporção dos recursos disponíveis no apoio aos investimentos produtivos, simplificar a burocracia no sistema de apoios a fundo perdido, corrigir as insuficiências do sistema de subvenções a fundo perdido ou criar um regime simplificado de política agrícola para os pequenos agricultores”.
O PSD considera o setor agroflorestal “um pilar estratégico da nossa sociedade na independência alimentar, na economia, no ambiente e na coesão social e territorial do nosso país. Só com uma atenção especial à agricultura será possível criar condições para que haja mais jovens a optar por projetos de vida ligados ao meio rural”