A Proteção Civil registava às 12h00 de hoje quatro incêndios florestais que mereciam “mais preocupação”, nos distritos de Vila Real e Castelo Branco, mobilizando um total 847 operacionais, 258 meios terrestres e 11 meios aéreos.
Num balanço feito às 12h00 na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, precisou que foram registadas hoje 23 ignições, seis das quais estavam ativas àquela hora, sendo que quatro são as “mais preocupantes”.
Segundo o comandante nacional, estas ocorrências de incêndio de maior preocupação ocorrem três no distrito de Vila Real, Bustelo (Chaves), Murça e Vila Pouca de Aguiar, e uma outra no Fundão (Castelo Branco).
André Fernandes adiantou que o dia 13 de julho foi o que registou o maior número de fogos este ano.
O responsável disse ainda que se mantêm nas ocorrências mais significativas dos últimos dias – tendo algumas delas começado a 7 de julho – “um número significativo de meios para ações de vigilância e rescaldo”, designadamente em Faro, Guarda, Porto, Santarém, Leiria e Vila Real.
O dispositivo de combate aos incêndios florestais mantém-se “todo no terreno”e com mesmo nível de prontidão, apesar de ter passado hoje para situação de alerta. Segundo o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, “não há desmobilização de meios, apenas houve uma alteração da situação de contingência para a situação de alerta”. O dispositivo continua todo no terreno, operacional, com a mesma colaboração e com a mesma entrega das diferentes entidades”, precisou André Fernandes.
Portugal continental passou hoje para situação de alerta, o nível de resposta mais baixo previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, depois de ter estado durante sete dias em situação de contingência (nível intermédio entre alerta e calamidade) devido ao risco extremo de incêndio rural e elevadas temperaturas. Apesar deste desagravamento, André Fernandes recordou que se “mantêm todas as restrições em relação ao uso do fogo”, bem como a adequação dos comportamentos face à situação de risco de incêndio.
O comandante nacional deu também conta que todos os distritos estão em alerta laranja (o segundo mais grave de uma escala de quatro) no que toca ao estado de alerta especial para o dispositivo, ou seja, mobilização dos meios envolvidos para o combate.