De acordo com informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para as próximas 48 horas está prevista precipitação, vento, agitação marítima e queda de neve.
Para amanhã, dia 6 de março, está prevista precipitação em especial nas regiões litoral Norte e Centro, a partir do final da tarde. Também vai ocorrer um aumento gradual da intensidade do vento, soprando por vezes forte na faixa costeira e nas terras altas.
Já na quinta-feira, dia 7 de março, espera-se precipitação em todo o território, sendo mais intensa nas regiões Norte e Centro e nas zonas montanhosas.
As previsões dão ainda conta de queda de neve nos pontos mais altos da Serra da Estrela, descendo gradualmente a cota até 800/1000 metros de altitude no final do dia. Quanto ao vento, este vai predominar do quadrante oeste, aumentando gradual da intensidade, soprando por vezes forte na faixa costeira e terras altas, com rajadas até 70 km/h.
O IPMA alerta ainda para o aumento gradual da agitação marítima, com agravamento a partir do início da manhã de quinta-feira, dia 7 de março.
Segundo um comunicado da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), e “atendendo à alteração das condições meteorológicas, com previsão de precipitação, agitação marítima, vento e queda de neve”, é expectável:
“Piso rodoviário escorregadio devido à possibilidade de acumulação de gelo, neve e formação de lençóis de água;
Possibilidade de queda de neve em áreas e a altitudes onde habitualmente não se verifica;
Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
Possíveis acidentes na orla costeira devido à forte agitação marítima;
Ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro;
Possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia;
Danos em estruturas montadas ou suspensas;
Desconforto térmico na população devido à descida acentuada da temperatura mínima”.
Assim, a ANEPC recorda que o impacto destes efeitos pode ser minimizado adotando comportamentos adequados. Assim, aconselha:
“Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas do degelo;
Prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem abrigo);
Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
Evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve e quando isso não for possível, adotar as seguintes medidas:
•Verificação do estado dos pneus e respetivas pressões;
•Transporte e colocação das correntes de neve nos veículos;
•Assegurar o abastecimento de combustível em níveis que permitam percorrer trajetos alternativos ou a permanência do veículo em funcionamento por longos períodos de tempo, em caso de retenção nas vias afetadas;
•Nos veículos elétricos, deve ser verificada a carga da bateria e analisada a existência de postos de carregamento no seu itinerário;
•Garantir que os sistemas de aquecimento dos veículos se encontram em bom estado de funcionamento;
•Providenciar alimentos adequados em quantidade e características, assim como medicamentos, de acordo com o número e tipologia de ocupantes dos veículos.
Nas vias afetadas pela acumulação de neve, evitar viagens com crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais;
Evitar circular naquelas vias com veículos pesados, em particular articulados, veículos com reboque e veículos de tração traseira;
Restringir ao máximo possível os movimentos de veículos e de pessoas apeadas, nas zonas potencialmente afetadas pela queda de neve;
Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança”.