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Prospeção de minerais, como lítio e outros, preocupam população de Seixo da Beira

A presidente da Junta de Freguesia de Seixo da Beira, Margarida Claro, manifestou na última reunião da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital (AMOH), …

… a sua preocupação pela publicação em Diário da República de aviso referente à requisição  por parte de uma empresa australiana, para  prospeção de depósitos de minerais, entre eles, lítio e até ouro, na zona daquela freguesia e outras freguesias limítrofes.

Na reunião realizada na tarde de sexta-feira, Margarida Claro, lembrou à Assembleia que “desde há muitos anos que a freguesia tem sido dizimada de recursos naturais devido a exploração de inertes”, apontando para as grandes lagoas que se têm formado a céu aberto . “Preocupa-me que um a nova autorização seja concedida, esventrando a freguesia num amontoado de resíduos, destruindo a agricultura familiar e ponha em causa atividades económicas em torno do turismo de natureza”,  referiu a autarca que, também, se mostrou preocupada com os riscos a que estão sujeitos os monumentos megalíticos da sua freguesia. Margarida Claro disse que o prazo para apresentação de reclamações decorre até 9 de maio, informando já estar a trabalhar nesse sentido, juntamente com a população. Em reunião da AMOH apelou a que o município e outras juntas de freguesia se associem numa tentativa de “inviabilizar todo este processo”.

Na ocasião Sofia Clara do PSD, logo defendeu que a AMOH tomasse uma posição. “Devemos preservar o nosso concelho e aqui é o melhor sítio para isso”, referiu.

Porém para o presidente do Município de Oliveira do Hospital não se deve fazer “empolamento” sobre este assunto, ainda que considere que a Sobreda (na freguesia de Seixo da Beira) tem sofrido um “Impacto ambiental brutal”. José Carlos Alexandrino explicou que “o governo ao autorizar prospecção, não está a autorizar a exploração, sabendo porém que o a empresa australiana procura é “o lítio”. “Não vejo mal que se veja o potencial”, considerou o autarca que percebe que “a população tem sido massacrada”. Adiantou que o Município pretende requalificar a zona da Sobreda, onde têm ocorrido explorações de volfrâmio, através do próximo quadro comunitário de apoio, no âmbito do POSEUR.

Raul Dinis Costa, do PS mostrou-se solidário com a preocupação da autarca Margarida Claro, considerando que será prematura uma tomada de decisão. “Se se avançar para a exploração é que podemos avançar nesse sentido”, afirmou.

O jovem deputado, André Duarte, alertou para a procura de lítio que é visto como o “petróleo branco”. Pese embora os riscos associados a uma possível exploração, o jovem socialista notou que esta “pode ser uma oportunidade para Oliveira do Hospital”, pelo que não é altura de tomar posição. “Fará sentido criar um grupo de trabalho nesta AMOH para comparar o que está a ser feito noutros pontos de Portugal”, defendeu.

Dulce Pássaro, presidente da Assembleia municipal considerou que a preocupação da autarca “é legítima”, mas que deve haver um aprofundamento do tema para uma tomada de decisão..

Rui Fernandes do PSD também considerou prematuro, até porque os serviços do Município terão conhecimento quando ocorrerem esses trabalhos no terreno”. “É prematuro estarmos a fazer o que quer que seja” defendeu o social-democrata.

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