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Projeto Reflorestar: Oliveira do Hospital já distribuiu 84 mil árvores à população

O município de Oliveira do Hospital distribuiu 84 mil árvores para reflorestar áreas ardidas em 2017, mas pretende atingir meio milhão de exemplares doados à população.

“No total, gostaríamos de chegar às 500 mil árvores”, disse José Carlos Alexandrino, presidente do Município oliveirense, frisando que o projeto “Reflorestar”, lançado pela autarquia em 2018, na sequência dos incêndios de 15 de outubro de 2017, visa “devolver ao concelho a biodiversidade que se perdeu”.

Até ao momento, a Câmara de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, aprovou 338 candidaturas de proprietários, o que representa “acesso imediato às árvores e arbustos autóctones disponibilizados”, entre castanheiros, sobreiros, medronheiros, carvalhos, pinheiros-mansos, pinheiros-bravos e nogueiras.

“Das 120 mil árvores aprovadas, já distribuímos 84 mil, o que corresponde a 70% das entregas”, podendo o município abrir posteriormente novas candidaturas, até ao limite de 500 mil unidades, segundo José Carlos Alexandrino.

O autarca admitiu que era esperada uma maior adesão dos proprietários ao programa, com que a Câmara quer também travar a multiplicação dos eucaliptos, bem como o avanço das mimosas e outras espécies invasoras nas zonas devastadas pelo fogo.

“Ficámos muito longe dos objetivos. Esperávamos quatro vezes mais”, lamentou.

O grande incêndio de 2017 consumiu 97% da área florestal do concelho de Oliveira do Hospital, de acordo com um levantamento da Câmara Municipal.

Nesta fase do projeto “Reflorestar”, foram gastos 80 mil euros na compra de árvores.

Em 2018, José Carlos Alexandrino estimou que o investimento da autarquia no âmbito deste programa poderia ascender a um milhão de euros, dependendo da adesão das pessoas.

A entrega das árvores decorre ainda nas instalações do complexo municipal das piscinas, nos dias úteis, das 09h00 às 16h00, até sexta-feira.

A plantação das árvores terá de ocorrer até ao final da primavera de 2020 e os proprietários ficam obrigados a cumprir com as normas definidas no regulamento do projeto.

Entretanto, em parceria com diversas entidades voluntárias, a autarquia já promoveu a reflorestação de mais de 40 hectares de terrenos baldios.

“Estes milhares de árvores de espécies autóctones (…) representam um importante contributo para a criação de uma floresta mais sustentável, com biodiversidade, mais resiliente e de muito menor risco ao nível da propagação dos incêndios”, salienta a autarquia.

As espécies mais requisitadas pelos candidatos são o pinheiro-manso (23%) e o carvalho francês (19%), seguidas do castanheiro e do medronheiro, com 15% cada.

As outras árvores disponibilizadas foram a nogueira (11%), o pinheiro-bravo (9%) e o sobreiro (8%).

Das 120 mil unidades já concedidas, 67% são folhosas e as restantes resinosas, segundo uma fonte da autarquia.

Com: Lusa

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