Paulo Rogério, proprietário da queijaria artesanal com o seu nome, foi fortemente afetado pelo incêndio de 15 de outubro, …
… vendo reduzido o efetivo animal (300 ovinos Serra da Estrela) a cerca de metade.
O conhecido produtor do genuíno Queijo Serra da Estrela assistiu ainda à destruição de instalações, alimento para os animais e viaturas. Com um prejuízo a rondar os 100 mil Euros, Paulo Rogério diz ter vontade para continuar. “Mas, sem ajudas não consigo”, desabafa.
Entre o efetivo que resistiu, Paulo Rogério conta com alguns animais afetados pelo fogo, alguns dos quais já seguiram para abate e outros seguirão para matadouro “porque nunca mais vão dar leite”.
Semana e meia após o trágico incêndio, o produtor que já chegou a produzir 60 queijos por dia e largas dezenas de requeijão, consegue uma produção diária a rondar “um queijo e meia dúzia de requeijões”. “Eu não consigo sobreviver porque os encargos estão sempre a cair”, desabafa o produtor que até tem vontade para continuar um trabalho que iniciou há 15 anos. “Mas, sem ajudas não consigo”, refere estimando um prejuízo de 100 mil euros, com tendência a agravar perante a impossibilidade de produção. Quanto ao apoio anunciado, diz “é ver para crer”. O alimentos para o efetivo tem estado a chegar à exploração, pelo apoio prestado pela Ancose e boa vontade de fornecedores.
Paulo Rogério também se dedicava à comercialização de lenha e limpeza de florestas. “Arderam 50 metros de lenha e o rachador. As árvores estão pretas e ninguém vai querer lenha preta”, conta, notando que no que respeito às limpezas de mato, “neste momento os terrenos estão limpos”.