António Costa, que acabou de completar um período de isolamento profilático, quis começar por deixar “uma mensagem de solidariedade aos 91.089 portugueses que também se encontram a cumprir os 14 dias de isolamento”.
Costa afirmou que “o país tem vivido com muita emoção, entusiasmo até e reforço de confiança o processo que se iniciou nos últimos dias” no que toca à vacinação.
O chefe do Executivo alertou, contudo, que “o processo de vacinação vai ser longo” e que, “não obstante hoje sabermos que há mesmo uma vacina, que a indústria foi capaz de a produzir, que somos mesmo capazes de as receber, armazenar, distribuir e aplicar, a Covid-19 vai continuar entre nós”.
Tudo isso significa “que não podemos baixar a guarda”, insistindo que as regras de proteção individual têm de continuar a ser aplicadas.
Pediu a todos os cidadãos “muito cuidado”. “Muito cuidado, apesar da vacina, é preciso continuarmos a ter muito cuidado”.
O primeiro-ministro afirmou ainda, em resposta aos jornalistas, que o Governo não dará este ano tolerância de ponto no Ano Novo por ser necessário “um período de contenção” para avaliar os efeitos que poderá ter tido o aligeirar das medidas no Natal.
António Costa adiantou que, também por esse motivo, “será seguramente prorrogado o atual estado de emergência”.
António Costa considerou que só na segunda semana de janeiro será possível “avaliar o impacto que o Natal teve” no número de casos de covid-19. “Esperamos que não tenha tido o efeito nefasto que teve noutros países, estou confiante que não”, disse.
Questionado sobre o aumento do número de casos hoje registado – 6.049 novos casos, o mais alto desde 05 de dezembro, dia em que foram reportados 6.087 -, o primeiro-ministro disse que “muito provavelmente” são a compensação do menor número de testes realizados no período natalício.
Por essa razão, António Costa manifestou a convicção que o atual estado de emergência, que termina em 7 de janeiro, “será seguramente automaticamente prorrogado” para que se possam avaliar esses efeitos.