O coordenador da Task Force para a vacinação assinalou que o processo de vacinação aos jovens “vai concentrar-se essencialmente aos fins de semana, para facilitar a vida dos pais e das crianças, e vai fazer-se em dois períodos: em agosto as primeiras doses e em setembro as segundas doses”.
Este plano, esclareceu Gouveia e Melo, “não está dependente de um reforço de vacinas”. Já quanto às listas de espera, o vice-almirante destacou que estas vão “diminuindo todos os dias”.
Henrique Gouveia e Melo foi entrevistado, esta quarta-feira, no Jornal 2, e, instado a comentar as palavras do primeiro-ministro António Costa – que apontou a meta de vacinar com duas doses contra a Covid-19, no período entre 14 de agosto e 19 de setembro, 570 mil crianças e jovens entre 12 e 17 anos -, o vice-almirante afirmou que “as condições estão reunidas para se poder fazer essa vacinação face aos planos que temos de entrega de vacinas que estão previstas chegar a território nacional”.
O coordenador da Task Force para a vacinação assinalou que “esse processo vai concentrar-se essencialmente aos fins de semana, para facilitar a vida dos pais e das crianças, e vai fazer-se em dois períodos: em agosto as primeiras doses e em setembro as segundas doses”.
Quanto à forma como as crianças serão contactadas, Gouveia e Melo explicou que está a ser pensado que, “numa primeira fase, sejam os pais a agendar a vacinação dos seus jovens e das suas crianças”. “No entanto, se não conseguirmos através desse processo, chegar à esmagadora maioria dos jovens, teremos outras alternativas”, garantiu.
E este plano, esclareceu o coordenador, “não está dependente de um reforço de vacinas”. “Nós prevemos haver uma capacidade de vacinas para esse período – que coincide com primeiras doses – e serão essas primeiras doses que serão atribuídas à população jovem para a conseguir vacinar”.
“A lista de espera vai diminuindo todos os dias”
Já quanto à lista de espera na vacinação, o vice-almirante apontou que esta “vai diminuindo todos os dias”. E usou uma analogia: “Na segunda-feira passada eram cerca de 90 mil pessoas. Todas as semanas chegam vacinas, há uma quantidade de vacinas para primeiras doses, é como se fosse um comboio que tem um número de passageiros limite para ser transportado. Quando as pessoas entram no comboio e atingem esse limite, o autoagendamento tem de colocar em lista de espera para a próxima semana”.
Mas tudo está relacionado com o ritmo de vacinação. Enquanto o plano “não está a sofrer atrasos, nós temos é ritmos diferentes em semanas diferentes”. “Há semanas em que conseguimos vacinar mais rapidamente com primeiras doses e, outras, porque estamos a dar muitas segundas doses, conseguimos vacinar menos com primeiras doses. E é isso que cria essas flutuações”, asseverou na RTP2.
Autoagendamento para maiores de 20 anos “na próxima semana”
O autoagendamento para os maiores de 20 anos vai abrir, garantiu Gouveia e Melo, “na próxima semana”. No entanto, “vão continuar sempre a existir listas de espera”. O vice-almirante considerou que “o que nós nos comprometemos foi vacinar 70% da população portuguesa entre o dia 8 e 15 de agosto – significa que há 30% que não vão ter acesso à primeira dose”.
Nesses 30% “estarão muitos jovens na faixa etária dos 20 anos”, o que significa que, “apesar de cumprirmos o nosso planeamento, infelizmente não temos as doses suficientes para avançar além do que estava previsto”.
Fonte: notícias ao minuto