O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa homenageou, ontem à tarde, no Dia Internacional das Mulheres, as Queijeiras da Serra da Estrela e das Aldeias de Montanha.
Do Município de Oliveira do Hospital estiveram presentes as queijeiras que integraram o projeto “Queijeiras” – guardiãs deste saber ancestral e cujas mãos moldam o rei da Festa do Queijo Serra da Estrela de Oliveira do Hospital, que acontece nos dias 12 e 13 de março.
As convidadas de Marcelo Rebelo de Sousa foram acompanhadas pelo presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo; pelo presidente da Assembleia Municipal, José Carlos Alexandrino e Dulce Pássaro, antiga ministra do Ambiente.
A iniciativa aconteceu no Museu Nacional dos Coches durante a apresentação do projeto Queijeiras e do livro “As Guardiãs da Montanha”, lançado pelas Aldeias de Montanha, que reúne os testemunhos, as histórias, as tradições e os saberes das queijeiras de 9 concelhos da Serra da Estrela: Oliveira do Hospital, Seia, Gouveia, Celorico da Beira, Guarda, Manteigas, Fornos de Algodres, Covilhã, e Fundão.
Sobre o projeto “Queijeiras”, o chefe de Estado saudou a ideia de fazer um livro sobre as suas histórias e tradições, intitulado “As Guardiãs da Montanha”, e de se criar uma capa cujas vendas revertem para formação em “novas competências de liderança e gestão”.
Marcelo Rebelo de Sousa disse que este encontro também era “uma forma de homenagear uma mulher que faz 19 anos que faleceu e que nunca perdeu a ligação às suas raízes”, referindo-se à sua mãe, Maria das Neves Fernandes Duarte, natural da Covilhã, assistente social.
“Apesar de órfã de pai e mãe, o que a levou a ficar internada em Lisboa num colégio militar, o pai era militar, nunca perdeu essa ligação”, acrescentou.
Na sua intervenção, o Presidente da República voltou a assinalar que “nas últimas eleições autárquicas diminuiu o número de presidentes de câmara mulheres”, e observou: “Vá lá perceber-se o destino, o destino leva a que haja menos mulheres presidentes de câmara”. “Não quer dizer que haja menos mulheres autarcas, não há, mas menos no topo das câmaras, mas infelizmente menos também no topo das empresas, mas infelizmente também com a pandemia mais prejudicadas as mulheres do que os homens em termos de rendimentos, de salários, de emprego”, prosseguiu, concluindo que “ainda há muito por fazer” pela igualdade.