No primeiro dia da Festa do Queijo Serra da Estrela de Oliveira do Hospital que decorre até amanhã, dia 17 de março, o presidente da República inaugurou esta manhã…
… o Museu do Azeite que abriu portas no final de 2018.
Localizado na Bobadela, o espaço museológico que resulta de um investimento de cerca de dois milhões de Euros, apresenta-se sob a forma de ramo de oliveira e reúne um espólio ligado à produção de azeite que António Dias, proprietário do museu, foi juntando ao longo da vida.
O espaço impressionou Marcelo Rebelo de Sousa que presidiu à cerimónia de inauguração e que disse compreender “o que passou pela cabeça de António Dias”, ao reunir no museu tudo o que foi juntando e que agora é “património para o futuro”. “Com certeza ama os filhos e netas e não ama menos a sua terra”, referiu o presidente da República, entendendo que o Museu é “um elogio à sua vida e à sua família”.
Para José Carlos Alexandrino, presidente do Município de Oliveira do Hospital, o Museu “é o sonho de um homem que tem a coragem de correr este risco”. “Tem um simbolismo enorme pela sua capacidade de inovar”, continuou o autarca oliveirense, notando que António Dias “construiu isto a pulso”. “Foi o sonho de uma vida”, registou José Carlos Alexandrino.
Convidada da Festa do Queijo e também presente na inauguração, a secretária de Estado dos Assuntos Regionais, Maria do Céu Albuquerque, felicitou a família de António Dias que “sentiu a responsabilidade de potencializar um legado”. “Isto é o perpetuar de uma tradição”, disse a governante referindo-se ao azeite que apelidou de “ouro vegetal”.
Emocionado pela presença do Presidente da República que, esta manhã, tornou real o seu sonho ao presidir à inauguração do Museu, António Dias admitiu que “o caminho nem sempre foi fácil”. “Contudo o resultado está à vista e espero que gostem como eu gosto”, referiu o responsável, que disse ter erguido aquela obra na Bobadela porque “acredito na terra onde nasci e no interior do país”. “As nossas gentes também merecem. Só assim atraímos riqueza, investimento e população para o interior do país”, afirmou António Dias, na certeza de que “o museu não teria o mesmo valor noutro local do país”.