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Presidente da CCDRC adianta que 90 por cento das casas ardidas em outubro estão recuperadas

Foi em Oliveira do Hospital que a presidente da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) fez,…

… um balanço do apoio à reconstrução das casas ardidas, bem como às empresas afetadas nos incêndios de outubro. No que respeita às casas, Ana Abrunhosa disse que restam apenas 10 por cento em fase de execução.

Contas feitas, passado um ano e meio após o grande incêndio de 15 de outubro, que resultou em 290 mil hectares de área ardida, 817 habitações permanentes afetadas e 490 empresas que reportaram prejuízos de 268 milhões de Euros, a esta altura estão concluídas 734 casas, restando 83 em execução e que ficarão concluídas ainda este ano.

Os números foram partilhados pela presidente da CCDRC e reportam-se às recuperações apoiadas pelo Programa de Apoio à Reconstrução de Habitação Permanente criado pelo governo, com um montante de 57 milhões de Euros, correspondendo 50 milhões às habitações em que a CCDRC foi a dona da obra e os restantes sete milhões, às casas em que os proprietários se assumiram como os donos da obra, mas com direito ao apoio da CCDRC. A esta altura, referiu Ana Abrunhosa, já foram pagos quase 50 milhões de Euros entre empreitadas e pagamentos às famílias. “Ainda estão em execução 10 por cento”, explicou.


Os números constam do site da CCDR Centro onde está disponível “o antes e o depois” das casas, os seus proprietários e apoio dado. Do mesmo modo, no site é reportado todo o apoio às empresas afetadas.

No âmbito do programa REPOR e no programa ATRAIR , a CCDRC “aprovou 767 projetos empresariais , que correspondem a 442 milhões de investimento, a 289 milhões de apoio público e à estimativa de mais de seis mil postos de trabalho”. “Se metade disto se concretizar é muito bom para os territórios”, afirmou Ana Abrunhosa.

A presidente da CCDRC falava assim para representantes dos 38 municípios afetados pelos incêndios de outubro que se deslocaram, ontem, a Oliveira do Hospital, concelho que registou maior número de casas (habitação permanente) ardidas (121) e mais empresas afetadas (98).

“Ninguém estava preparado para esta catástrofe”

José Carlos Alexandrino, presidente do Município de Oliveira do Hospital, reiterou que “ninguém estava preparado para esta catástrofe” que afetou a região Centro do país. Porém, um ano e meio depois, faz um balanço positivo de um trabalho de todos, lembrando que os autarcas e presidentes de Câmara tiveram “um sofrimento enorme”. “Fomos também vítimas destes incêndios”, referiu, recusando a ideia que está a ser “vendida” ao país de que “somos todos corruptos”.


Diante dos seus pares, José Carlos Alexandrino considerou que todos devem ter orgulho no trabalho que fizeram. “Não vi nenhuma pessoa a dormir debaixo da ponte, nem na rua”, asseverou, reagindo a “alguns” que se preocuparam com “pessoas que poderiam ter ficado menos alojados nos territórios”, mas que, em Lisboa, “passam ao lado de pessoas sem abrigo, que dormem com papelões em cima, e isso não os incomoda absolutamente nada. Essa é que é a realidade que é dura de roer”, sustentou.

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