A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, optou hoje pelo silêncio no julgamento em que o ex-marido, também arguido, decidiu igualmente não falar.
Ana Abrunhosa e Luís Filipe Borrego, divorciados, são acusados pelo Ministério Público (MP) como alegados coautores dos crimes de difamação e denúncia caluniosa do anterior presidente da CCDRC, Pedro Saraiva.
Os arguidos, ambos docentes do ensino superior, decidiram usar da palavra apenas na fase final do julgamento.
No início do julgamento, no Palácio da Justiça de Coimbra, o defensor da presidente da Comissão de Coordenação, Alfredo Castanheira Neves, rebateu os factos que integram a acusação, considerando que “nada permite concluir” que, tal como afirma o MP, a arguida “quis lançar uma suspeita sobre a honorabilidade do ofendido, para pôr em risco a sua permanência à frente da CCDRC”.
O facto de Abrunhosa ter ascendido ao cargo antes ocupado por Pedro Saraiva deve-se “apenas e só ao próprio mérito e por via de um concurso a que se submeteu”, enfatizou Castanheira Neves.
Pedro Saraiva, queixoso no processo, Saraiva revelou que teve conhecimento das cartas anónimas conta si através de Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro e antigo secretário-geral do PSD. “Passei a saber que havia uma campanha difamatória a decorrer”, disse.
O depoimento de Pedro Saraiva foi interrompido hoje, poucos depois das 13:00, devendo o julgamento prosseguir no dia 21, às 09:30.
com:lusa.pt