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Praga de ratos coloca concelho e região em alerta após incêndios do ano passado

Nas últimas semanas tem-se assistido a uma praga de ratos no concelho de Oliveira do Hospital, mas também em concelhos vizinhos, resultado dos incêndios que devastaram a região no ano passado.

A situação está a colocar os populares em alerta que têm recorrido à compra de produtos próprios para a situação.

Também os Municípios se mostram preocupados, como é o caso de Oliveira do Hospital. José Carlos Alexandrino, presidente da autarquia oliveirense, à Rádio Boa Nova afirmou que “ainda não se considera uma praga” mas que, de facto, “há um aumento substancial do número de ratos que têm aparecido”.

“Quem vende produto para ratos diz que tem esgotado nos últimos tempos. Que vendem mais agora do que nos últimos cinco anos. Isto é um indicador de que há um aumento”, referiu. Segundo o autarca, os serviços da Câmara Municipal têm ativo um “plano de desratização” em locais como “pavilhões públicos, escolas, redes das águas pluviais e de saneamento”, entre outros.

“O que acontece é que, derivado ao desequilíbrio do ecossistema que temos depois do incêndio de 15 e 16 de outubro, os predadores destes ratos desapareceram. O que notamos é que estes ratos do campo, que têm características diferentes dos outros, aproximam-se das zonas urbanas à procura de alimento”, explicou, salientando, porém, que “não está em causa a saúde pública”.

À Rádio Boa Nova, Luís Paulo Costa, presidente da Câmara Municipal de Arganil, adiantou que também no concelho arganilense “há registos sinalizados em duas freguesias” e garantiu que os serviços “estão a atuar, no sentido de fazer uma desratização no espaço público”.

Segundo o autarca, “na União e freguesias de Vila Cova do Alva e Anceriz há já em curso uma ação de desratização”. Para Luís Paulo Costa, “tem alguma lógica” que o fenómeno esteja associado aos incêndios de outubro de 2017.

O presidente do Município de Arganil referiu ainda que a população “tem mostrado alguma preocupação”. “Por um lado, é certo que foram dando conta de uma ou outra situação, mas também temos conhecimento que, em algumas habitações, as pessoas têm tido algumas dificuldades em conseguir eliminar estes bichos”, concluiu.

À Rádio Boa Nova, Guiomar Sarmento, Delegada da Saúde Pública do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, afirmou que está “atenta” à situação, contudo adiantou que “não está em causa a saúde pública”, uma vez que ainda não há registo de um único caso relacionado com a situação.

Ao que a Rádio Boa Nova apurou, outras zonas da região, como Tábua e Seia, também se têm deparado com esta praga e a população mostra-se preocupada.

Beatriz Cruz (jornalista estagiária)

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