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Portugal não arrecadou prémios na edição 2019 do RegioStars em Bruxelas

Apesar de ser o segundo país que mais distinções conseguiu arrecadar nas 12 edições dos prémios da Comissão Europeia, este ano, não se gritou vitória em português.

Portugal estava na corrida com um finalista, o Ecomare – Laboratório para a Inovação e Sustentabilidade dos Recursos Biológicos Marinhos da Universidade de Aveiro, mas, desta vez, os Prémios Regiostars 2019 não vieram para o nosso país. Ainda assim, fica “o orgulho” de ter conseguido um lugar entre 24 finalistas de um total de 200 candidatos. E também essa nota: Portugal foi o segundo país que mais prémios arrecadou em 12 edições do concurso promovido pela Comissão Europeia a projectos financiados por fundos comunitários. Em primeiro lugar está, curiosamente, o Reino Unido.

Nesta edição do RegioStars, os prémios foram para os projectos Energy Cells (consórcio de vários países), Good Support (Polónia), Climate Active Neighbours (consórcio de vários países), Orsi Academy (Bélgica) e Cob Bauge (Reino Unido) — este último, concorria na mesma categoria que o projecto português. Referência, ainda, para o vencedor da votação do público, o City Walk (que envolve oito países).

“Foi um grande prestígio”, enalteceu Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), depois de conhecidos os resultados. “Significa que aplicamos bem os fundos europeus”, acrescentou, realçando o facto de Portugal, e a região Centro em particular, ter conseguido ficar representado entre um leque restrito de finalistas.

Artur Silva, vice-reitor da Universidade de Aveiro, também destacou o facto de o Ecomare ter chegado à final. “Estarmos entre os mais reconhecidos a nível europeu já foi uma vitória para Portugal, para a região Centro e para Universidade de Aveiro”, comentou o representante da entidade responsável pelo laboratório que congrega duas componentes: a reabilitação de animais marinhos e a investigação e pesquisa em aquacultura e mar. Resultante de investimento de 4,9 milhões de euros (comparticipado em 85 por cento por fundos comunitários), já acolheu mais de um milhar de animais em perigo nas suas instalações e tem aprovados 35 projectos de investigação, num valor de 8,5 milhões de euros.

Nos últimos anos, os RegioStars, prémios que são considerados uma espécie de “Óscares europeus” para projectos de desenvolvimento regional, têm sido favoráveis a Portugal. Em 2018, a vitória aconteceu, inclusive, em dose dupla, com os prémios entregues aos projectos do Museu do Património da Vista Alegre e do Centro de Negócios do Fundão, ambos da região Centro.

Antes disso, Portugal já havia saído vitorioso de Bruxelas através do projecto de aproveitamento de resíduos florestais e agrícolas da BLC3 – associação com base em Oliveira do Hospital -, do projecto luso-espanhol das cidades de Chaves e Verín, do Parque de Ciências e Tecnologia da Universidade do Porto e do “Art on Chairs” do município de Paredes.

com:publico.pt

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