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Portugal já terá passado pico da 2ª vaga da pandemia e encontra-se na fase do planalto (vídeo)

O número diário de novas infeções por Covid-19 em Portugal já terá atingido o pico entre os dias 18 e 21 de novembro, situando-se “nos seis mil casos”. Carlos Antunes, professor e investigador da faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa disse esta tarde, na Rádio Boa Nova, que o país está agora na “fase de planalto”.

No espaço semanal destinado a avaliar a evolução da pandemia Covid-19 no país, o investigador que tem sido responsável pelas projeções comunicadas aos epidemiologistas que aconselham o Governo, verifica “uma desaceleração do aumento de casos” e que “provavelmente e com grande certeza” o país “já não vai atingir os sete mil casos diários”.

“Constatamos que já passámos o pico. Identificamos o pico entre o dia 18 e dia 21 deste mês. Na prática já teremos passado. Observando a média diária dos novos casos, estamos na fase do planalto, que se situa nos seis mil casos”, observou Carlos Antunes, notando que “obviamente é um bom indício, uma boa notícia”. “Quer dizer que conseguimos achatar e espero que comecemos a observar na próxima semana a diminuição de casos”, explicou.

A tendência para diminuição do número de casos diários é, segundo o investigador, resultado das medidas de confinamento dos últimos 15 dias. “Agora reforçando com mais 15 dias e dois fins de semana que são prolongados, é de esperar que o número de infetados, nos dias seguintes, seja relativamente inferior e se confirme essa diminuição e um controlo da epidemia, que se vai repercutir com um número menor dos internados”, verificou.

A destacar ainda que a curva de internados também se aproxima “da estabilização”, Carlos Antunes não antecipa uma possível 3ª vaga da pandemia. “É muito cedo para falar em 3ª vaga. O que é de esperar é que os casos comecem a diminuir”, comentou.

Na Rádio Boa Nova, o investigador que é natural do concelho de Oliveira do Hospital, notou que “o ideal seria chegarmos ao Natal com um número muito pequeno de casos e ter uns dias para rever a família e amigos, obviamente sem exageros”. Se até ao dia 9 de dezembro “a redução for menos significativa”, Carlos Antunes prevê que os portugueses sejam chamados a “fazer mais um esforço até ao Natal”.

A assistir a uma “melhoria” relativamente ao máximo diário de óbitos e ao total acumulado, Carlos Antunes tem “alguma cautela” na projeção, admitindo que até ao final do ano, o total de óbitos por Covid-19 possa “ficar abaixo dos sete mil acumulados” e o pico diário esteja “nos 87 perto dos 90”.

Sobre a vacina, o investigador considera que “é bom termos a expectativa de que a vacina vai chegar no início do próximo ano”, salvaguardado porém que “para a população em geral apenas vai chegar na segunda metade do ano, meados de 2021”.

“Isso é bom, é a luz ao fundo do túnel e a esperança de que no próximo ano, o Natal já será um Natal normal. Contudo há um caminho para chegar lá. Enquanto os grupos de risco e os profissionais de saúde não forem vacinados, não podemos facilitar”, referiu, notando que poderá ser possível “aliviar as medidas enquanto a vacinação estiver a decorrer, mas até lá devemos continuar este esforço de reduzir os contactos, para termos algum sucesso”.

Confira no vídeo (no topo) a análise completa por Carlos Antunes na Rádio Boa Nova.

O espaço de análise Covid-19 acontece, às quintas-feiras, às 16h15, com reposição às 18h20

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