A elevada transmissibilidade da variante Ómicron vai levar a que Portugal “ultrapasse o seu recorde de infeções”, à semelhança do Reino Unido e da Espanha. Em entrevista ao Telejornal da RTP1, a ministra da Saúde admite que “não se sabe a consequência da transmissão na severidade da doença”, por isso foi necessário adotar medidas.
Marta Temido concedeu que algumas medidas do Governo podem soar “contraditórias” e anunciou a contratação de 400 camas a privados para fazer face a um possível aumento do números de hospitalizações.
“Estamos a caminho de uma situação complexa e sobretudo com muita incerteza e desconhecimento associados”, alertou a ministra, referindo a “possibilidade de duplicação (do vírus) a cada dois ou três dias, segundo cenários diferentes” .
Admitindo que gostaria de ter tido mais crianças no primeiro fim de semana exclusivo para os mais novos, “para preservar um ambiente pediátrico”, Marta Temido anunciou que esta quinta-feira há Casa Aberta para os que têm mais de 63 anos.
O aumento de casos vai implicar maior pressão sobre a Linha Saúde 24, o aumento de testes e os inquéritos epidemiológicos, notou a ministra, para garantir que o Governo “está a reforçar estas vertentes”.
A ministra da Saúde anunciou que foram contratadas 400 camas com o setor privado para um eventual aumento do número de internamentos.