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Polícia Judiciária faz buscas na câmara de Pedrógão Grande

Os inspetores da Polícia Judiciária chegaram, na manhã desta quarta-feira, à Câmara Municipal de Pedrógão Grande. As buscas devem-se às suspeitas de ilegalidade no processo de reconstrução das casas afetadas pelo incêndio do ano passado.

De acordo com informação avançada pela TVI24, os cerca de dez inspetores começaram pela Câmara Municipal de Pedrógão Grande, tendo seguido posteriormente para a Casa da Cultura, local onde funcionava o gabinete que foi criado para gerir a reconstrução das casas na sequência dos incêndios do ano passado.

Estas diligências estão relacionadas com as alegadas irregularidades cometidas na ajuda à construção das habitações destruídas pelas chamas.

Entretanto, fonte da PJ confirmou à agência Lusa que são diligências de investigação no “âmbito do processo de atribuição de fundos para a reconstrução de casas”.

“Estamos empenhadíssimos em investigar num prazo curto”, sintetizou a mesma fonte.

Quem já reagiu foi a própria autarquia, garantindo que estas diligências surgem na “sequência dos pedidos de inquérito judicial solicitados” pela autarquia ao Ministério Publico e que os inspetores foram “recebidos” pelo autarca Valdemar Alves “a fim de serem municiados de todos os documentos julgado necessários para o apuramento total dos fatos”.

Em causa neste processo estão denúncias feitas por duas reportagens, uma da Visão e outra da TVI, que aludiam a situações ilegais na atribuição de fundos para a reconstrução de habitações.

As duas reportagens referiam que casas que não eram de primeira habitação foram contempladas com obras em detrimento de outras mais urgentes e também que casas que não arderam foram reconstruídas com fundos solidários.

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa, negou a existência destas situações, mas, ainda assim, enviou para ao Ministério Público 21 processos para análise.

Também o presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, já reagiu a estas notícias, garantindo que não há “ilegalidade nenhuma”.

“Não houve desvios nenhuns, nem podia haver, porque a Câmara não é detentora de fundos nenhuns para a reconstrução das casas”, frisou o autarca no início desta semana, antes de entrar na sessão da Assembleia Municipal Extraordinária que debateu o tema.

Fonte: Notícias ao Minuto

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