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Perigo de incêndio: Proteção Civil constitui 40 equipas com mais de 200 elementos

O ministro da Administração Interna revelou, esta terça-feira, que “a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANPC) determinou a constituição de 40 equipas” com mais de 200 elementos, devido às “difíceis condições meteorológicas” previstas para os próximos dias e ao perigo de incêndio muito elevado que daí decorre.

“Estamos a conjugar esforços para responder, adaptarmo-nos. Em relação aos picos de calor como os que estamos a ter, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil determinou a constituição de 40 equipas, mais de 200 elementos que estão preposicionados no território para se mobilizarem devido ao risco elevado de incêndio”, afirmou José Luís Carneiro, após visita ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). 

“As pessoas devem dirigir-se às câmaras municipais, aos serviços municipais de proteção civil, devem dirigir-se aos corpos de bombeiros e procurarem manter trabalhos de limpeza, sempre acompanhados por equipas de proteção civil municipal ou bombeiros de forma a que o possam fazer salvaguardando as suas vidas e património”, acrescentou o ministro da Administração Interna sobre o fim do prazo legal para essa limpeza.

As previsões do IPMA apontam para um mês de maio mais quente que o normal e sem chuva – após meses já marcados por temperaturas acima do normal e precipitação também abaixo do normal.

Um dos indicadores mais preocupantes foi o da área ardida acumulada em 2023 e que está acima da média dos últimos 16 anos (2006 a 2022), tanto em Portugal como na Áustria, Irlanda ou Espanha. Associados a essas previsões estão os valores meteorológicos registados em abril e que o colocam entre os cinco mais quentes desde 1931 (92 anos), segundo o gabinete do ministro.

No mês passado houve três ondas de calor e com temperaturas superiores a 30 graus, foi registado o dia mais quente dos últimos 16 anos e que representou uma anomalia térmica à superfície e foi o abril mais severo em termos de risco de incêndio desde 2003 (20 anos) e por larga margem.

Assim, com a diminuição acentuada da chuva que se tem verificado desde janeiro e em particular no sul do país, tendo mesmo sido quase nula no mês de fevereiro, constata-se que a percentagem de água no solo é quase nula em várias zonas de Trás-os-Montes, no cento e sul do continente, que 89% do território está em situação de seca e que 34% está em situação de seca severa e extrema (Alentejo e Algarve).

Uma realidade que não é só registada no nosso país. Também Espanha, França, Itália, Grécia e Turquia, bem como a várias ilhas mediterrânicas, estão em situação de seca.

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