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Pelo menos três arguidos na investigação às mortes nos incêndios de Pedrógão

Pelo menos três pessoas foram constituídas como arguidos na investigação aos incêndios de Pedrógão Grande, que causaram pelo menos 66 mortos, avança o JN.

O segundo comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro de Leiria, Mário Cerol, é o primeiro arguido conhecido da investigação, que vai ouvir, esta terça-feira à tarde, o comandante dos Bombeiros de Pedrógão Grande, Augusto Arnault, também na condição de arguido.

Há ainda uma terceira pessoa arguida, cuja identidade ainda não foi possível apurar. Haverá mais pessoas arguidas, que ainda vão a ser ouvidas, apurou o “Jornal de Notícias”.

A formalização das notificações aos arguidos é um dos últimos passos para terminar o processo e deduzir acusação. Em causa estará o crime de homicídio por negligência.

Sérgio Gomes, o primeiro comandante do Centro Distrital de Operações e Socorro (CDOS), de Leiria, nunca assumiu o comando, por estar no hospital no dia dos incêndio, por isso não é arguido. Já foi ouvido no processo, mas como testemunha.

Assim é chamado a responder perante a Justiça do segundo comandante do CDOS de Leiria, Mário Cerol, que confirmou a pronúncia do Ministério Público. “Não posso falar mais nada”, referiu, argumenta que, por ser arguido, não pode revelar nada sobre a investigação em curso.

Mário Cerol acrescentou que não está a ter apoio jurídico por parte da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

O incêndio que deflagrou em 17 de junho em Pedrógão Grande (distrito de Leiria), atingindo vários concelhos vizinhos, esteve ativo uma semana e causou, segundo o balanço oficial feito no verão, 64 mortos e mais de 200 feridos. Registou-se ainda o atropelamento de uma mulher que fugia das chamas e, já em novembro, morreu uma mulher que estava internada com ferimentos graves, elevando para 66 o número de vítimas mortais.

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