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Pedrógão Grande: Câmara distribui 350 mil euros a agricultores

A Câmara Municipal de Pedrógão Grande vai distribuir 350 mil euros de donativos para os agricultores do concelho que perderam barracões agrícolas.

Num comunicado enviado à agência Lusa, Valdemar Alves, presidente da autarquia, explica que, em termos de donativos financeiros, a Câmara Municipal detém somente uma conta aberta e utilizável única e exclusivamente no contexto dos incêndios, a qual neste momento ascende a 347.020,04 euros.

“Atendendo ao parco apoio para tantas perdas agrícolas, o objetivo passará por efetuar uma entrega com distribuição igualitária deste montante por todas as pessoas que perderam barracões agrícolas em consequência dos incêndios de 17 de junho de 2017”.

O comunicado divulgado por Valdemar Alves surge na sequência de uma reportagem da TVI, que aludiu a eventual compadrio na seleção de casas para reconstrução. Também a revista Visão já tinha aludido a esta possibilidade.

Sobre a reportagem, Valdemar Alves recorda também que a “Câmara Municipal de Pedrógão Grande não deteve, detém ou deterá qualquer conta bancária ou valor monetário referente à reconstrução de habitações. Todos os donativos efetuados foram diretamente para o REVITA”.

Por isso, “face à gravidade das denúncias veiculadas na reportagem transmitida pela estação de televisão TVI em 22 de agosto, denominada ‘Repórter TVI — Compadrio’, e face ao respetivo teor com imputações graves e difamatórias” feitas sobre o presidente da autarquia, sobre a vice-presidente, Margarida Guedes, sobre funcionários camarários, em particular, e pondo em causa o bom nome dos pedroguenses, em geral, Valdemar Alves, vai “submeter à apreciação do Ministério Público todas as denúncias que foram ali tratadas, para que seja averiguada a existência ou não de ilícitos criminais, podendo ainda vir a submeter outras que venham a ser concretizadas”.

Vai ainda “participar criminalmente contra a jornalista e todos os responsáveis editoriais daquela estação televisiva, designadamente pelas imputações difamatórias que são feitas a título perentório e parcial, e sem respeito pela presunção de inocência”

Ainda sobre as casas que surgem na reportagem, Valdemar Alves lembra que nove delas não estão a ser recuperadas pelo Revita — fundo que recolheu e gere os donativos após os incêndios -, mas sim por entidades privadas, seja seguradoras ou outras.

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