A maioria das casas destruídas pelo incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande há um ano já foi reconstruída.
Segundo a presidente da Comissão de Coordenação da Região Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, quando se completam 12 meses da tragédia que provocou a morte a 66 pessoas, explica que “estão em causa 261 habitações” abrangidas pelo processo de recuperação.
Nos diferentes municípios da região afetados pelos incêndios, entre 17 e 24 de junho, nos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco, a CCDRC contabilizou, em maio, 157 habitações cujas obras “estão concluídas”.
Em trabalhos de reabilitação encontram-se ainda 99 imóveis, enquanto os restantes cinco, de um total de 261 admitidos no levantamento oficial, estão prestes a entrar em obras.
Os trabalhos destas casas “estão para iniciar em breve” pois, segundo Ana Abrunhosa, alguns dos proprietários “estiveram internados ou preferiram que se fizesse mais tarde”.
Noventa e seis destas reconstruções avançaram com financiamento do Fundo Revita, criado pelo Governo após estes fogos, enquanto 48 tiveram apoio através da União das Misericórdias Portuguesas e Fundação Calouste Gulbenkian, que reuniram contributos de milhares de cidadãos e entidades diversas.
Para a CCDRC, a maior dificuldade “foi esta multiplicidade de intervenientes no terreno e foi procurar que eles se articulassem entre si de modo a evitar” designadamente, “que estivessem a financiar habitações com seguro”.
Juntando as casas que arderam nos fogos de 15 de outubro, em 29 municípios da região Centro, “já estão em intervenção” 686 habitações, à responsabilidade dos donos e da CCDRC.
“Estamos a falar de 944 habitações que estão concluídas ou em intervenção nas duas situações”, explicou Ana Abrunhosa, acrescentando que tendo em conta “a complexidade destes processos” o resultado é muito satisfatório.
Com: Lusa