O PCP reclamou a substituição parcial do telhado do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, por conter amianto, após o grupo parlamentar comunista ter questionado também o Governo sobre o assunto.
Em comunicado, a Comissão Concelhia do PCP reclama “a urgente substituição da maior parte” da cobertura com telhas “Lusalite” do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, que “contém elevado teor de amianto” na sua composição.
“De toda a cobertura superior” do edifício, “apenas a parte por cima” do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) “já está feita com outro material”, sem amianto, adianta.
“Algumas das trabalhadoras diárias deste Centro de Saúde sofreram e sofrem de doenças cancerígenas, circunstância que também se exige que seja bem esclarecida, até por razões humanitárias e também de respeito” pelos seus direitos, acrescenta.
No dia 19, através da deputada Ana Mesquita, o PCP questionou o Governo, na Assembleia da República, dirigindo uma interpelação escrita ao ministro da Saúde, pretendendo saber se Adalberto Campos Fernandes tem conhecimento “deste grave problema e que medidas urgentes” estão previstas.
“Além de mais médicos, de mais enfermeiros e de outros recursos humanos, o Centro de Saúde de Oliveira do Hospital precisa de um telhado novo, feito com materiais saudáveis e não suscetíveis de provocar doenças graves a quem lá trabalha”, sublinha João Dinis.
Por outro lado, o dirigente afirma que a substituição das coberturas da sede do Agrupamento Escolar do concelho, feita do mesmo material com amianto, “patinou na secretaria”, mas que já foi anunciada a aprovação pela Câmara Municipal e pelo Ministério da Educação de “um projeto que prevê um investimento total superior a um milhão de euros” para a sua substituição.
Esta obra “também corresponde à luta persistente” dos estudantes, trabalhadores, professores, pais e encarregados de educação e responsáveis do Agrupamento escolar, salienta.
“Uma luta em que o PCP participou, pública e institucionalmente, com destaque até para a intervenção do Grupo Parlamentar (…), sem esquecer a solidariedade sempre manifestada por ativistas locais da CDU”, segundo João Dinis.