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Pastelaria Primavera reabre com esperança no futuro. Gerente solicita apoio ao comércio local

Com 22 anos de história na cidade de Oliveira do Hospital, a Pastelaria Primavera reabriu, ontem, na segunda fase de desconfinamento, que permitiu a reabertura de pastelarias. Fernando Gonçalves, gerente da pastelaria, afirmou que a decisão de fechar portas foi “muito difícil”, mas o regresso “está a ser ainda mais difícil”.

Com sete funcionários no estabelecimento, Fernando Gonçalves viu-se “obrigado” a colocar quatro em lay-off para fazer face às consequências económicas que a Covid-19 está a provocar. “É complicado uma empresa aguentar, estando dois meses sem faturar”, começa por referir o responsável que, ainda assim, está confiante no futuro da sua pastelaria.

Em declarações à Rádio Boa Nova, o responsável afirmou que “estava mais que na altura” abrir novamente as portas, para oferecer aos oliveirenses aquilo a que estão habituados como os bolos típicos do concelho e uma grande variedade de bolos.

No segundo dia de desconfinamento, Fernando Gonçalves faz já um balanço do “regresso à normalidade”. “Infelizmente, as pessoas têm receio de vir mas não devem ter”, disse, garantindo que, “se antes a pastelaria já cumpria rigorosamente normas de higienização e segurança, neste momento ainda está mais segura”.

O gerente da pastelaria mais emblemática de Oliveira do Hospital apelou, ainda, apoio ao comércio local, lançando o convite às pessoas para que visitem o espaço que, agora, possui gel desinfetante na entrada, “marcações no chão para manter o distanciamento social”. Também o número de mesas foi reduzido para metade, de acordo com as regras das entidades da saúde.

“As pessoas já tinham saudades dos nossos bolos, de beber um café como deve ser. Nota-se que as pessoas já tinham saudades”, afirmou.

Apesar dos grandes prejuízos, nomeadamente a nível económico, Fernando Gonçalves já está de olhos postos no futuro, mostrando-se “otimista”. “Espero que volte à normalidade mas vai demorar o seu tempo. Vamos ver até quando as empresas vão ter capacidade para aguentar esta diferença nos valores”, disse, acreditando que muitas poderão fechar portas.

Na opinião do responsável, o Governo “devia criar uma linha de fundo perdido, os créditos deviam ser mais facilitados, reduzir os impostos e o IVA”. “O Governo tem que ajudar porque senão não há hipótese de aguentarmos”, referiu.

“Temos que ser otimistas e pensar que o futuro será positivo. Estamos de cabeça erguida, prontos para lutar”, concluiu.

 

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