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Pastagens estão na base da “alimentação animal” e no “ordenamento do território”

Oliveira do Hospital foi palco da 40.ª Reunião de Outono da Sociedade Portuguesa de Pastagens e Forragens (SPPF), subordinada ao tema “Pastagens e Forragens na Alimentação Animal e no Ordenamento do Território da Região Demarcada da Serra da Estrela”.

No encontro, que visou contribuir para a promoção da difusão das pastagens e forragens, tendo em vista o progresso da agricultura e o benefício público, José Carlos Alexandrino, presidente do Município oliveirense, salientou a importância das pastagens para “a agricultura e para a produção daquele que é considerado um dos melhores queijos do mundo, o queijo Serra da Estrela”. “Felizmente, a natureza encarregou-se de pintar novamente os prados de verde”, começou por dizer.

Na ocasião, o presidente voltou a lembrar a importância das “superfícies ocupadas por prados e pastagens” que, para além “da sua função associada à alimentação, constituem cada vez mais um importante contributo para a mitigação das alterações climáticas”.

“Se não fosse a agricultura de subsistência, na noite de 15 de outubro de 2017, não teriam havido 12 mortes. Teriam havido centenas de mortes. O país deve muito a estas pessoas que tinham estas pastagens junto às suas localidades. Foram um verdadeiro tampão para o fogo não chegar mais rápido”, afirmou José Carlos Alexandrino.

Por sua vez, Manuel Patanita, presidente da SPPF, deu conta da finalidade e dos objetivos da Sociedade organizadora do encontro. “É uma associação sem fins lucrativos que agrupa um conjunto de pessoas que se interessa pelo estudo desta temática”, afirmou. Segundo o responsável, os objetivos passam por “intensificar o desenvolvimento e difusão da ciência e técnicas no processo agrícola e pelo apoio aos investigadores, técnicos e agricultores”. Para Manuel Patanita, as pastagens e forragens assumem extrema importância “na alimentação dos animais e na conservação e preservação dos solos, assim como no ordenamento do território”.

 

Também Paulo Dias, diretor regional adjunto da Agricultura e Pescas do Centro, alertou para a necessidade da “adoção de sistemas” para o “aproveitamento das potencialidades naturais da região”.

Para o diretor, é preocupante a escassez do Queijo Serra da Estrela nos mercados. “Existem espécies autóctones que interessa preservar. Existe conhecimento, novas queijarias, novos queijeiros, mas a verdade é que as dificuldades subsistem em volta do produto há vários anos. Os produtores nem sempre são devidamente remunerados pelo facto de produzirem um produto de qualidade”, afirmou.

 

Beatriz Cruz (jornalista estagiária)

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