A paróquia de Oliveira do Hospital recusa o pagamento de serviços à GNR pela organização de procissões, não acatando o “entendimento diferente” desta instituição, disse hoje o padre António Loureiro.
O pároco de Oliveira do Hospital realçou à agência Lusa que, de acordo com a Diocese de Coimbra, as procissões e outras manifestações públicas do culto “são um direito que o Estado concede à Igreja Católica”. Por isso, a sua realização “não está sujeita a autorização ou à decisão de um posto da GNR”, tal como “foi reiteradamente afirmado pela autoridade diocesana”, refere António Loureiro num esclarecimento público dirigido especialmente aos crentes envolvidos na organização dos eventos religiosos
António Loureiro disse à Lusa que, tanto a Diocese de Coimbra como ele próprio aguardam resposta do Comando-Geral da GNR a uma exposição que lhe foi enviada para que “a situação seja resolvida a favor da posição da Igreja”.
Na resposta a um pedido de esclarecimento da Lusa, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR informa que a força militarizada “cumpre a sua missão de acordo com o enquadramento efetuado pela Câmara Municipal competente em razão do território”. “Compete às câmaras municipais, enquanto entidades responsáveis pela gestão das vias sob a sua jurisdição, definir o regime jurídico aplicável a qualquer evento”, indica a nota da GNR, assinada pelo major Bruno Alexandre Marques.