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Origens –  Um festival cultural “multi-artes e multi-geracional” em Travanca de Lagos

Nos passados dias 13, 14 e 15 de Maio, Travanca de Lagos, no concelho de Oliveira do Hospital, foi a capital do viver rural. Os Jovens da Liga de Travanca de Lagos organizaram…

… mais uma edição do Origens, o festival cultural que tem conquistado quem o visita, pela sua singular programação. 

Além dos bons comes e bebes, a fotografia, a música, o teatro, o cinema, a pintura, a mostra animal e de alfaias agrícolas, a memória sonora, os jogos tradicionais e o artesanato foram os ingredientes desta demonstração de orgulho em ser rural. O festival cultural começou com uma tertúlia, subordinada ao tema “viver rural – passado, presente e futuro”, uma organização em parceria com a OHsXXI – Associação Cultural e Multimédia de Oliveira do Hospital, um encontro informal entre apaixonados pelas vivências do mundo rural. O segundo dia do Origens teve como ponto alto os concertos das bandas “Os Quatro e Meia”, um grupo que  que se caracteriza pelas novas sonoridades e olhares sobre algumas das mais belas canções portuguesas e “Charanga”, os vencedores do prestigiado Prémio Megafone, em 2014. Os concertos foram antecedidos por uma homenagem a Ivo Pereira, homem da terra, já falecido, que deu grande contributo cultural aos travanquenses, tendo sido músico, na extinta Tuna de Travanca de Lagos, e encenador de várias peças de teatro. O palco do festival foi batizado com o seu nome “Palco Ivo Pereira”.

O terceiro e último dia de festival começou com uma caminhada, promovida pela Junta de Freguesia de Travanca de Lagos. A tarde começou com o concerto de “Fernando Meireles”, um talentoso violinista de apenas 9 anos fez as delícias dos presentes. Seguiu-se a actuação do Rancho Folclórico da Associação Progressiva de Sto. António do Alva.  O certame fechou com mais um ponto alto, os jogos tradicionais, com destaque para a Corrida de Púcaros onde miúdos e graúdos convivem e sorriem. Pelo recinto várias instalações artísticas: exposição e pintura ao vivo pelo artista plástico, Paulo Ribeiro; instalação “Memória Sonora de Travanca de Lagos” pelo paisagista sonoro, Luís Antero; exposição de fotografia d’O Meio e a Gente e exposição de fotografia “Travanca Antiga”.

Tiago Cerveira, diretor artístico do Origens não tem dúvida de que “os objectivos foram alcançados”. “Quisemos afirmar o festival enquanto certame da região e o número de pessoas presentes confirmou-o. É definitivamente um festival diferenciador pelas suas características multi-artes e multi-geracional. Estamos satisfeitos por conseguirmos provar que aqui, no interior de Portugal, também sabemos organizar, recriar e principalmente homenagear. Prometemos não deixar esquecer a nossa identidade rural, serrana, beirã mas principalmente genuína. O Origens não se vai limitar aos dias de festival, estamos a organizar um conjunto de iniciativas paralelas que vão acontecer ao longo do ano com a marca ORIGENS”, acrescenta o jovem travanquense.

Para José Carlos Alexandrino, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, o Origens é um evento “com uma identidade própria e diferenciadora relativamente a tudo o que se realiza actualmente no concelho de Oliveira do Hospital e aí é que está a grande riqueza do Origens”. “Estão de parabéns os Jovens da Liga de Travanca e a Junta de Freguesia. Revejo-me no trabalho destes jovens. O Origens não é apenas mais uma festa é uma celebração da identidade de um povo”, registou o autarca.

O “cuidado” associado a esta edição voltou a “surpreender” Graça Silva, vereadora da Cultura, para quem o Origens se destaca pelos “pormenores”. “ Este é o evento que melhor retrata as nossas gentes, as nossas tradições, as nossas origens”, considerou

O festival foi produzido pela Liga de Iniciativa e Melhoramentos de Travanca de Lagos, um grupo de jovens da aldeia com idades compreendidas entre os 15 e os 36 anos com ajudas dos seus pais e amigos. O evento teve entrada livre.

 

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