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Órgãos de comunicação social repudiam tentativa de registo de marcas pelo empresário Nuno Tavares Pereira

Vários órgãos de Comunicação Social do concelho de Oliveira do Hospital e da região tiveram, esta semana,  conhecimento  de que  o empresário…

Nuno Tavares Pereira tinha iniciado o processo do registo das marcas/ títulos das publicações junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), situação que repudiam e pretendem contestar junto daquele organismo. À Rádio Boa Nova o empresário disse que agiu com o objetivo de “proteger as marcas locais”.

A Rádio Boa Nova terá sido o primeiro órgão de Comunicação Social a tomar conhecimento da tentativa de registo por parte do empresário, ainda no passado mês de junho quando, ao proceder ao registo da marca, se viu impossibilitada de o fazer, contestando o registo da marca pelo empresário.

A verificar que a situação não está ainda revertida e que Nuno Tavares Pereira atuou de igual modo com outras publicações, de que são exemplo o Jornal Folha do Centro, o jornal A Comarca de Arganil, a Rádio Clube de Arganil, o Notícias de Coimbra e ainda outras publicações, Albino José, diretor da Rádio Boa Nova, fala de “um erro de casting” por parte do empresário. “Se a ideia é proteger as marcas”, o diretor da Rádio Boa Nova considera que “a ideia até é boa”, “mas a maneira como a aplicou é errada”. Albino José fala de uma tentativa de “usurpação do nome da Rádio Boa Nova, quase a completar 35 anos”.  A esta altura, o responsável entende que a “maneira para reparar” a situação  é “pedir desculpa” . “A Rádio Boa Nova não tem que pedir ao empresário para que nos ceda a marca”, defendeu.


No concelho de Oliveira do Hospital, também o jornal Folha do Centro integra “o pacote” de órgãos de Comunicação Social visados na “operação hostil”, como refere a diretora do jornal concelhio. À Rádio Boa Nova, a responsável disse ter assistido a este ato do empresário com “perplexidade e espanto”. “Não lhe reconheço legitimidade e idoneidade para ele vir usurpar um património que, no meu caso é privado, mas noutros casos são património de uma região”. Margarida Parta informou que os órgão visados tomarão uma posição conjunta,  porque “somos todos  unânimes em avançar com uma contestação”. Numa segunda fase, a diretora do jornal Folha do Centro admite agir judicialmente contra o  “auto-denominado empresário” e líder do movimento MAAVIM.

Nuno Gomes, diretor do jornal A Comarca de Arganil, partilhou com a Rádio Boa Nova ter ficado “perplexo” por perceber que “houve uma tentativa de registo da marca da Comarca de Arganil, que tem já 120 anos”. O responsável adiantou que será feita “uma contestação veemente à tentativa de registo junto Instituto Nacional da Propriedade Industrial”.  Nuno Gomes verifica “má fé” no empresário que conhece o jornal A Comarca de Arganil e avançou com o registo sem ter abordado os seus responsáveis”. “Se estiver de boa fé deve dirigir-se ao INPI e retirar ou anular os pedidos de registo”. “Caso não haja reversão, Nuno Gomes adianta que os órgãos de comunicação social afetados tomarão uma posição “conjunta”.


Contactados pela Rádio Boa Nova, o empresário Nuno Pereira disse que os pedidos de registo que fez têm em vista “a proteção das marcas locais”, garantindo que o seu objetivo não “é fazer dinheiro com isso”. “São registos normais que eu faço. Há vários anos que faço registo de várias marcas e não faço dinheiro com isso”, afirmou. À semelhança do que disse já ter feito com o jornal online Correio da Beira Serra , do qual diz não ser proprietário, Nuno Pereira diz estar na disposição de ceder as marcas.

À Rádio Boa Nova, Nuno Pereira diz que é “falso” estar a “usurpar” as marcas. “Não tentei roubar nada a ninguém. É normal que os políticos queiram fazer política com isto”, comentou ainda o empresário que assegura  que o “título da Rádio Boa Nova está disponível, como todos os outros”. “Quando tiver as marcas é lógico que chegarei a um consenso para as ceder”, frisou.

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