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Orçamento “tem ambição” e conta “com algumas inovações”

O presidente do Município de Oliveira do Hospital referiu, há instantes, que o Orçamento Municipal de 32,1 milhões de Euros, que está a ser discutido e vai ser votado hoje na Assembleia Municipal tem “ambição” e vai contar com “algumas inovações”.

Na apresentação do seu “último orçamento”, José Carlos Alexandrino destacou os projetos “Cidade Futuro OHP”, “Aldeias de Futuro” e “Mobilidade a Pedido”. Destacou ainda o projeto de estratégia Local de habitação, o multiusos, a requalificação das piscinas municipais, requalificação do Centro Histórico, ampliação da Zona Industrial, criação de duas ciclovias, entre outros,

O autarca disse que este é um orçamento que “protege as pessoas”, de “rigor e de transparência”.

“Gostava de ter um orçamento perfeito. Mas este é o meu orçamento e tenho orgulho de o apresentar assim com forte cariz social. Tanto me dá que o PSD vote contra, desde que o meu partido vote a favor”, observou.

Tiago Martins, deputado do PS, apreciou o Orçamento apresentado.

Agostinho Marques (PS), presidente da Junta de Freguesia de Alvôco de Várzeas, pediu ao presidente alguma sensibilidade para com as freguesias mais distantes. “O posto de saúde necessita de algumas obras, já não tem condições”, observou.

João Esteves, deputado do PSD, disse que  o orçamento apresenta a mesma enfermidade dos orçamentos anteriores, ao apresentarem valor elevado, obrigando depois a revisões.

Rui Monteiro, deputado socialista, disse que o “presidente tem que, politicamente, ser um homem feliz. O senhor conseguiu estar 11 anos em estado de graça”. “O orçamento  reflete o tipo de pessoa que o senhor é e o executivo a que preside”. “É um presidente e um executivo que é arrojado” e o “orçamento reflete horizontes largos”, considerou.

João Brito, deputado do PSD, criticou a proposta de Orçamento e Grandes Opções do Plano, considerando que “este é o orçamento dos mil Euros. “São 80 as ações inscritas com valor de mil Euros ou inferior. Cerca de um terço de todas GOP”. Na apreciação, o social-democrata disse também adivinhar “qual vai ser a narrativa para os próximos tempos”, de que “foi tudo um desgraça” apontando para “muro das lamentações nas palavras do senhor presidente escrito pelo senhor presidente no boletim da propaganda que acaba de ser publicado”, referente aos incêndios, as intempéries e agora a pandemia.

“É um projeto com ambição e visão”, considerou Carlos Maia, presidente da UF de Ervedal  e Vila Franca Beira. Gostaria muito de ter visto (nos executivos do PSD) esta ambição, trabalho, ambição e dinâmica que este executivo tem tido. Nunca vi”. “O que acontecia, anteriormente, era termos umas grandes opções de plano miserabilistas”, disse. “Quem votar contra isto é contra Oliveira do Hospital”.

José Carlos Martins, autarca de Avô (PSD) e enfermeiro de profissão apelou ao apoio do executivo para administração da Covid-19 no concelho.

Rafael Dias, do CDS-PP, disse que este é o orçamento “da continuidade”. “O problema não é com o que está no Orçamento, é com o que não está no orçamento”. Acusou o executivo de uma “visão empedernida” e falta de “ambição de estratégia económica”. Para além de várias lacunas que identificou, o jovem centrista criticou o  “tique megalómano de fazer multiusos”.

Carlos Inácio, deputado do PS, destacou projetos como a reabilitação urbana e aposta nas aldeias. “Os milhões são muitos, vamos concretizar os projetos”, disse confiante. O socialista apreciou o “legado” de José Carlos Alexandrino. “Para além das obras, é a mudança de atitude e transformação que veio operar”, considerou, notando que o presente orçamento “é de aposta forte no futuro”.

Carlos Mendes, deputado PS e secretário da Mesa da Assembleia Municipal, recuou ao passado para lembrar “o respeito” que havia pelas pessoas, com média de idades de 70 anos, quando chegou a este órgão autárquico. Dirigiu-se de modo particular ao jovem centrista Rafael Dias. “Vamos ter algum respeito, algum savoir-faire“, disse.

Na intervenção final, o presidente do Município considerou que João Brito (PSD) não “teve honestidade política” ao dizer que “não há dificuldades” devido aos incêndios e às intempéries. “Sabemos aqueles que atrasaram o concelho. O senhor não reconheceu que este foi um mandato difícil ao dizer que isso são desculpas do executivo”. Ao deputado João Esteves (PSD), o autarca disse que não empola os orçamentos. “Eu não faço orçamentos para agradar à oposição política. O orçamento tem o que é essencial e isso perturba-vos”, disse. “O PSD trouxe um conjunto de obras para o orçamento. Só havia uma coisa que não aceitámos. Não trazia uma ideia nova, trazia apenas o valor de orçamento de 25 milhões de Euros”.

Ao deputado centrista Rafael Costa, Alexandrino disse que o povo escolheu a candidatura que presidiu e não a candidatura do CDS”. “Sem que o CDS está com dificuldades de existência, também a nível nacional e quer colar-se ao PSD”, frisou.

“Nós olhamos para o futuro com confiança e a oposição olha para trás com saudade”, concluiu.

A proposta de Orçamento e Grandes Opções do Plano foi aprovada por maioria, com quatro abstenções e um voto contra.

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