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Oposição acusa FAAD de “quebrar acordo” ao fechar urgência na noite de Natal e Passagem de Ano e defende demissão do presidente do Conselho de Administração

No mais recente episódio do programa Vice-Versa da Rádio Boa Nova, transmitido na terça-feira à noite, o ex-presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital defendeu a saída de Álvaro Herdade do Conselho de Administração (CA) da Fundação Aurélio Amaro Diniz (FAAD), na sequência do fecho das urgências nas noites de Natal e passagem de ano.

Ouça aqui o Vice-Versa:

Mário Alves, Rafael Dias, João Dinis, Rui Monteiro (esquerda para a direita)

Para Mário Alves, que representa  o PSD no programa que vai para o ar semanalmente, “este caso seria, por si só, suficiente para a autarquia o poder demitir”. “É inadmissível que não se faça uma planificação”, disse ainda o político, notando que mesmo na eventualidade de não haver médicos para assegurar o serviço, deveria o presidente do CA da FAAD, que é médico, a assegurar o serviços nessas noites. “Chegamos à conclusão de que nós, em Oliveira do Hospital, nunca podemos estar minimamente tranquilos”.

“Agora a grande questão é esta: se não há médicos inventam-se?”, reage Rui Monteiro (PS)

Por seu turno, Rui Monteiro, deputado pelo PS na Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital e que representa o partido no programa da Rádio Boa Nova, disse não saber as condições especificas em que a situação aconteceu, sabendo sim o que se estava a passar no país devido à falta de médicos. Monteiro logo avançou que o que aconteceu “não confere ao Município o poder de demitir Álvaro Herdade, seja em que momento seja”. Na RBN, o socialista disse não acreditar que as urgências tenham sido fechadas por causa da dívida que Herdade reportou.

“Agora a grande questão é esta: se não há médicos inventam-se?”, continuou, questionando ainda sobre o número de horas que Herdade esteve a prestar serviço naqueles dias, já que o médico assegurou o período diurno. “Esteve 24, 48, 72 horas? Isto não funciona assim”, comentou . Para Rui Monteiro, o que continua em causa é o estado da saúde no país. “Oliveira do Hospital é um dos reflexos”, frisou.

Sem conhecer o termo do acordo que existe entra a FAAD e o SNS, João Dinis, do PCP, observou que se trata de “um serviço dito de urgências que é pago” e há um acordo com a FAAD”. Admitiu que “à partida poderá ter ocorrido uma quebra do acordo”. Por outro lado, João Dinis lembra que a administração da FAAD deve atuar de acordo com o benemérito Aurélio Amaro Diniz. “Isso deve ser sagrado”, defendeu.

A considerar que os últimos acontecimentos são “sintomas de falência do SNS”, Rafael Dias, do CDS-PP, não tem dúvidas de que “o protocolo falhou, foi rasgado”. Para o jovem político houve “uma gestão danosa da saúde em Oliveira do Hospital”, também pelo facto de o presidente do CA da FAAD não ter avisado o presidente da Câmara do que se estava a passar.

“Não estou a par dos estatutos, mas havendo possibilidade de demissão, ela deveria ser exercida”, avança, criticando o método usado pelo hospital para avisar a população com recurso a um aviso na porta. “A FAAD é algum tipo de restaurante?”, ironizou, considerando que a Administração deveria ter recorrido à comunicação social para informar a população.

“Pelo que se percebeu houve uma falha grosseira do presidente da FAAD e a preocupação do presidente da Câmara Municipal também não foi muita”, considerou.

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