Na visita ao Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, o bastonário da Ordem dos Médicos teve oportunidade de perceber os problemas que subsistem no concelho devido à falta de médicos de família.
Pela voz de um utente que esta manhã se encontrava na sala de espera, José Manuel Silva percebeu as dificuldades em conseguir receitas médicas e marcação de consulta seja para o próprio, quase octogenário, seja para a esposa “acamada”. “Tenho que ir pedindo medicamentos por antecipação, porque senão nunca mais os tenho”, contou.
O utente deu voz a uma preocupação que é sentida por cerca de seis mil utentes que se vêem privados de médico de família no concelho. Uma situação que foi mais dramática, chegando a ser quase 16 mil os oliveirenses sem médico atribuído. Valeu a colocação de alguns médicos, como é exemplo a mais recente fixação da jovem médica Ana Marta Garcia, natural do concelho de Oliveira do Hospital e que, pese embora a facilidade de colocação em grandes unidades hospitalares do país, não deixou de dar resposta a uma necessidade sentida no seu concelho. Em curta conversa com o bastonário, a jovem médica admitiu “motivos passionais” para a sua permanência no concelho. No Centro de Saúde admite ser “bem tratada”.
Também no Serviço de Atendimento Permanente, os problemas de afetação de médicos tem sido minimizado com a permanência regular de um médico, de nacionalidade cubana, Orelvis Fernândes, que em dias mais críticos, chega a consultar cerca de 80 utentes por dia.