Já dotada com mais 27 novos lotes, a Zona Industrial de Oliveira do Hospital avança para a segunda fase da requalificação, que a vai tornar numa Área de Acolhimento Empresarial de Nova Geração, única no distrito de Coimbra, num investimento a rondar os 6,5 milhões de Euros, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O concurso público internacional para empreitada foi lançado no passado dia 21 de abril.
O projeto, que deverá ficar concluído até ao fecho do PRR em 2026, faz parte de uma lista de 10 projetos-piloto a nível nacional, dos quais apenas três estão previstos para a região Centro do país, nomeadamente o de Oliveira do Hospital, Águeda e Guarda. Na prática, aquela que passará a ser designada por Área de Acolhimento Empresarial vai “ficar dotada de sistemas de produção e armazenamento de energia a partir de fontes renováveis para auto consumo”. José Francisco Rolo encara ser este “um posicionamento de topo da Zona Industrial”.
“Isto quer dizer que vamos criar uma comunidade de energia renovável em terreno que já compramos contíguo à zona industrial, que vai permitir a produção de energia a partir de fonte solar, portanto, fonte renovável que vai introduzir poupanças para os aderentes à comunidade de energia renovável na ordem dos 38%”, explicou o presidente do Município de Oliveira do Hospital à Rádio Boa Nova.
“Isto é muito bom para as empresas que já estão instaladas e para aquelas que se querem instalar. A energia é hoje um fator crítico de sucesso, é um fator de valorização da localização empresarial”, referiu José Francisco Rolo.
O projeto prevê que “toda a zona industrial fique coberta com tecnologia 5G” , o que é vantajoso para “quem trabalha para o mercado de exportação, acesso a dados, volume de dados, transferência de dados”. “Ter uma zona industrial coberta com tecnologia 5G vai, de facto, posicioná-la ao nível de topo”, sublinha o autarca, notando que também vão ser criados “postos de carregamento para veículos elétricos”.
Por esta via, Oliveira do Hospital “vai integrar a rede nacional pioneira de produção e distribuição de hidrogénio”. “Ter na nossa zona industrial postos de carregamento de hidrogénio, de produção e distribuição de hidrogénio, de facto, vai valorizar de uma forma distintiva a zona industrial de Oliveira do Hospital”, nota José Francisco Rolo.
O projeto apoiado pelo PRR, implica também a instalação de um dispositivo de vigilância sobre qualquer ignição que aconteça no perímetro da zona industrial que vai proteger todo o complexo industrial.
As propostas ao concurso internacional vão ser recebidas até ao dia 17 de maio. José Francisco Rolo tem a expectativa de que vão participar “as maiores empresas e consórcios de empresas a nível nacional”. “A nossa expectativa, em articulação com aquilo que temos feito com a CCDR, é que o projeto seja concluído no término, ou de preferência, antes do término do PRR, portanto, até junho de 2026”, refere, apontando para essa data a entrada em funcionamento da comunidade de energia renovável, o dispositivo de 5G e todo o sistema de produção e distribuição de hidrogénio e o dispositivo de proteção contra incêndios.
Para o autarca oliveirense este “ é um investimento muito importante, quer do ponto de vista tecnológico, quer do ponto de vista da competitividade e da centralidade que a Zona Industrial de Oliveira do Hospital vai ter”. Rolo refere-se ao “lançamento em breve do concurso público internacional para a construção do IC6, do prolongamento do IC6 até Folhadosa”, em que a Zona Industrial de Oliveira do Hospital vai ser servida por um nó de ligação ao IC6.
O autarca está confiante de que Oliveira do Hospital vai passar a contar “com uma área de acolhimento empresarial de alto nível, altamente atrativa e que marcará pela positiva aquilo que é a tradição industrial e a tradição empresarial de Oliveira do Hospital”.