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Oliveira do Hospital tem mais 200 desempregados. Alexandrino receia desemprego em “catadupa”

O concelho de Oliveira do Hospital conta com mais 200 pessoas em situação de desemprego devido à pandemia Covid-19, informou ontem o presidente do Município.

José Carlos Alexandrino está preocupado com o futuro de várias empresas do concelho e já reuniu com o secretário de Estado da Economia.

A “saúde das empresas” é por esta altura uma preocupação do presidente do Município de Oliveira do Hospital, que tem estado a acompanhar as empresas em situação de lay-off e a “possibilidade de recapitalização de algumas empresas, que não têm conseguido chegar ao financiamento” por falta de garantia da sociedade portuguesa da agência mútua. À Rádio Boa Nova, José Carlos Alexandrino disse que reuniu na passada terça-feira, dia 26 de maio, no Ministério da Economia com Secretário de Estado da Economia, João Neves, onde procurou “encontrar soluções”. “As empresas já entregaram nos bancos os processo de recapitalização, mas precisam da garantia do Estado, porque o Estado está a dar garantias de 90 por cento”, referiu à Rádio Boa Nova o autarca que, sensibilizou o governante para o facto de ser “mais importante dar garantias às empresas do que o país ter que pagar desempregos”.

José Carlos Alexandrino está, assim preocupado com a situação de várias empresas do concelho. Referiu que os últimos números a que teve acesso apontam para um acréscimo de 200 desempregados no concelho. “É uma preocupação neste momento”, referiu, contando que apresentou ao secretário de Estado da Economia o nome concreto das empresas às quais o Estado deve dar garantias para recapitalização.

Em causa está “um conjunto de pequenas empresas, mas que têm muitos postos de trabalho, mas há uma ou duas empresas que têm à volta de 300 trabalhadores.” “Preocupa-me a área do têxtil, panificação, construção civil e electricidade”, referiu.

“Daqui a um ou dois meses, Oliveira do Hospital estará pior do que está hoje. Ninguém duvide disso”

Na Rádio Boa Nova, José Carlos Alexandrino considerou que “é fundamental que lhes seja dada alguma garantia, porque as empresas deixarão de ter capacidade para pagar o lay off e o desemprego será em catadupa”. Apelou aos empresários para que lhe façam chegar as suas preocupações. “Há empresas de grande porte e de grande dimensão que conseguem (a garantia) mais rapidamente, mas precisamos de defender as pequenas empresas que são importantes para o equilíbrio do nosso concelho, das famílias dos trabalhadores e dos empresários. Os nossos empresários são verdadeiros heróis. Tenho uma grande consideração pelos nossos empresários”, referiu.

Em tempo de pandemia e de consequente crise económica, José Carlos Alexandrino considera que “as grandes fortunas deveriam ser solidárias com os que são mais pobres, porque o Estado não tem capacidade financeira para tudo”. “Assim como a Câmara Municipal também tem limitações financeiras. Precisamos de um Portugal solidário, sobretudo para os problemas que não aparecem hoje . Daqui a um ou dois meses, Oliveira do Hospital estará pior do que está hoje. Ninguém duvide disso”, rematou.

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