A Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital (AMOH), que reuniu em sessão extraordinária, ao final da tarde de sexta-feira deliberou pela não aceitação da competência da Cultura, …
… de que faz parte o Castelo de Avô e as ruínas da Ermida de São Miguel em seu perímetro,, defendendo que deve ser o Estado a recuperar aquele edifício classificado como imóvel de interesse público.
José Carlos Martins, presidente da Junta de Freguesia de Avô disse concordar com a decisão anunciada pelo presidente, mas questionou se a resposta do município “é definitiva” ou “se em 2021 é obrigatório que (o castelo) venha para a Câmara Municipal”.
Alexandrino entende que “agora” é preciso que se inicie um “processo negocial”. “Nós, para o ano, poderemos estar outra vez a deliberar isto nas Assembleias Municipais”, referiu o autarca.
Na ocasião, a presidente da AMOH, Dulce Pássaro também considerou acertada a posição do executivo. Lembrou que está em causa um “património arquitetónico classificado”, e que “não poder ser requalificado apenas mediante a orientação da Câmara Municipal. “A verdade é que há sempre uma forte orientação do IPAR (Instituto Português do Património Arquitetónico) ”, informou.
Luciano Figueiredo, deputado municipal (PS) manifestou-se “de acordo com esta situação” apelando que “hoje se faça aquilo que não se fez anteriormente”. Deu o exemplo da “Casa de Cima”, local onde está instalado o Tribunal e que era um ex-líbris da cidade, que hoje poderia ser mais um monumento que nós tínhamos e teria muitos visitantes e que se tornou num mamarracho que é o palácio da justiça”, referiu.
A recusa da competência da “Cultura” por parte da autarquia oliveirense mereceu o aval favorável da Assembleia Municipal que votou por unanimidade.
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