O PCP de Oliveira do Hospital não concorda com a atribuição da medalha de Ouro à presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa,…
… na comemoração do Dia do Município, que se assinala no dia 7 de outubro.
Em comunicado enviado à Rádio Boa Nova, João Dinis, porta-voz do PCP concelhio considera que a condecoração aprovada em reunião do executivo é “uma autêntica afronta aos oliveirenses e ao município”, tendo em conta “os atrasos não explicados, injustos e prejudiciais que se verificaram na reconstrução de habitações e empresas ardidas no grande fogo de 15 e 16 de outubro do ano passado”. Para os comunistas, a proposta de atribuição de medalha de Ouro, “vem lavar a cara” de Ana Abrunhosa das “pesadas responsabilidades” por “toda esta situação gravemente lesiva dos direitos e interesses da região”.
A criticar o recém criado “formulário eletrónico” pela CCDRC, destinado à denuncia de alegadas irregularidades no processo de recuperação das habitações, considerando tratar-se de um “bufanço inadmissível no Portugal de 25 de Abril”, João Dinis acusa a CCDRC de assumir o papel de “carrasco oficial” ao “fazer passar para o lugar de culpados e oportunistas os maiores lesados pelos incêndios”.
No comunicado, João Dinis critica a Câmara presidida por José Carlos Alexandrino (PS) pela forma “não transparente, nem curial” como levou a cabo o processo de auscultação prévia das forças políticas do concelho. O representante do PCP garante que na reunião em que participou “não foi colocada a hipótese de condecoração da presidente da CCDRC”, só tendo tal acontecido em reunião com o representante do PSD.
Para o comunista, a Medalha de Ouro deveria antes ser atribuída “ao povo do concelho de Oliveira do Hospital pela forma heroica, resistente e com capacidade de recuperação de demonstrou durante o grande fogo e daí para cá”.
A proposta de atribuição da Medalha de Ouro a Ana Abrunhosa vai ser esta sexa-feira colocada à apreciação e votação da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital. “Ainda há tempo para se evitar esta ignomínia, caso a Assembleia Municipal rejeite a condecoração”, refere o PCP.