Teresa Mendes foi à última reunião pública da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital pedir mais apoios para a filha e outros alunos que integram a Unidade de Multideficiência do Agrupamento de Escolas (AE).
Mãe de uma menina de 15 anos que frequenta o 8º Ano na escola sede, Teresa Mendes queixou-se da falta de terapeutas na Unidade, ao mesmo tempo que disse não compreender porque é que havendo uma piscina a 50 metros não há sessões de hidroterapia e não há um concurso para professores de desporto “para aqueles miúdos que precisam”. A encarregada de Educação que reside no concelho, na freguesia de Nogueira do Cravo, há 10 anos também questiona sobre o motivo pelo qual os alunos da Unidade deixaram de frequentar a sala de snoezelen da Arcial após a pandemia.
Com o presente ano letivo prestes a terminar, Teresa Mendes apelou ao presidente da Câmara Municipal para que se encontrem soluções quer para a sua filha, quer para os restantes alunos da Unidade´, sem que se verifiquem interrupções porque “regridem completamente”. “Gostava de ver soluções para aquelas crianças que podem contribuir para a sociedade, mas precisam de ser ajudadas”, afirmou a mãe que “anda nisto há 10 anos” e sente na pele a dificuldade de encontrar um trabalho porque não pode entrar às 08h00, quando a filha só tem aulas às 08h30.
Em resposta, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital disse compreender a “aflição” de Teresa, avançou estar em diálogo com o Agrupamento de Escolas nesse sentido e comprometeu-se a abordar a Arcial a propósito da sala de snoezelen. Fez questão de sublinhar que o lugar da filha de Teresa e de outros alunos com necessidades especiais é na escola pública que é por definição “inclusiva”.
Também o vereador do Desporto, Nuno Ribeiro, assegurou que a Câmara tem cedido ao AE a utilização das piscinas sempre que tem sido solicitado e por vezes “até para acompanhamento individual”.
“Não há de ser fácil. Tudo o que se dá é pouco para poder suprimir as necessidades”, disse também a vereadora da Educação, Graça Silva mostrando-se inteiramente disponível para ajudar. Salvaguardou, porém, que o AE conta com “uma equipa multidisciplinar muito boa”. “Tenho muito orgulho pelo trabalho que é desenvolvido junto destes alunos”, afirmou.
Ainda que presente na reunião na condição de vereadora da oposição, (PSD-CDS/PP), Sandra Fidalgo, que integra a direção do AE oliveirense, especificou as respostas que são prestadas aos alunos que integram o ensino especial, considerando mesmo que “o AE está muito tranquilo e satisfeito com a resposta que dá aos alunos com necessidades especiais. “Temos até alunos de outros concelhos que nos procuram e conseguimos integrá-los com sucesso. Estes alunos têm sido prioritários para o AE e têm tido as respostas possíveis”, concluiu.