No mês em que se assinala 20 anos após a morte de César de Oliveira, o Município de Oliveira do Hospital promove, na Casa da Cultura, uma exposição de multimédia de homenagem para “recordar uma figura histórica” que “marcou o concelho em termos do seu mandato autárquico”.
Na sessão de inauguração, decorrida na passada sexta-feira, 15 de junho, José Carlos Alexandrino, presidente do Município oliveirense, destacou a importância da exposição ao criar “sentimento de saudade e de recordação” em relação a César de Oliveira, antigo presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, que “morreu cedo e prematuramente”.
“Nós hoje estamos aqui a recordar o homem, o autarca, o político que foi e que fez grande trabalho em Oliveira do Hospital, tendo-se destacado na vida política mas também na vida literária”, referiu José Carlos Alexandrino.
O autarca oliveirense recordou que César Oliveira “foi professor universitário, historiador, investigador e, por isso, um homem que ultrapassa as dimensões”. “É um homem de nível nacional que ultrapassa, de longe, as fronteiras de Oliveira do Hospital”, acrescentou.
Com “alguns confrontos com César de Oliveira”, nomeadamente quando José Carlos Alexandrino “fazia parte da assembleia de freguesia de Ervedal da Beira”, o presidente não esconde que a relação entre ambos “nem sempre foi pacífica”. “Impulsivo, inteligente, frontal, homem de impulsos e emoções” são características que, hoje, o autarca relembra do homenageado.
Na ocasião, Graça Silva, vereadora da Cultura do Município oliveirense e responsável pela exposição, salientou que “era importante marcar a data neste mês de junho, não só por causa dos seus 20 anos”, mas também pelo facto de “as portas da casa” encerrarem no fim do mês, a 30 de junho. Tratar-se-á de um “ato simbólico de encerramento”, referiu a vereadora, dando conta de que a nova Casa da Cultura “certamente vai continuar com o nome César de Oliveira”.
A propósito, a responsável anunciou o lançamento de um site, “ainda inacabado”, de homenagem ao falecido presidente, que contempla “exposição de multimédia, conjunto de painéis, de imagens e de gravações de testemunhos”. “A partir de o dia de hoje, acredito que muitas pessoas nos queiram ajudar a fazer uma recolha com um espólio ainda mais profundo e com mais contributos”, disse.