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Oliveira do Hospital: Homem responde por crime de homicídio qualificado na forma tentada

BrianAJackson// iStock

Um homem de 35 anos, residente na Catraia de S. Paio, concelho de Oliveira do Hospital, vai responder em tribunal por um crime de homicídio qualificado na forma tentada. De acordo com o Diário de Coimbra, o crime ocorreu em janeiro de 2023, depois do jantar, numa pizzaria da cidade.

Segundo o jornal, que cita a acusação do Ministério Público (MP), a arma usada para “ajustar as contas” entre o suspeito e o antigo patrão foi uma faca usada na refeição.

O encontro entre vítima e agressor aconteceu praticamente por acaso. De acordo com o Ministério Público, responsável pela acusação, este estava a jantar numa pizzaria, a mesma onde entrou o antigo patrão, com o qual tinha trabalhado numa empresa, com sede em Coimbra. Ao invés do arguido, a vítima não pretendia jantar. Estava em trabalho e o objetivo era aplicar “um vinil publicitário na porta do estabelecimento”. Depois de tirar as necessárias medidas, o homem deslocou-se para o exterior do restaurante, acompanhado pelo proprietário.

De acordo com a acusação, ao aperceber-se da presença do antigo patrão, o arguido acabou a refeição, dirigiu-se ao balcão para pagar e levou consigo a faca que usou na refeição para agredir a vítima, “motivado por desentendimentos anteriores”.

“Eu mato-te! Ou pagas a bem ou pagas a mal”, refere a acusação, reproduzindo as ameaças proferidas pelo arguido, ao mesmo tempo que espetava a faca na zona abdominal da vítima. Segundo cita o Diário de Coimbra, num segundo momento atingiu “o pescoço do ofendido, desferindo-lhe um golpe”. Agressões que lhe provocaram “tumefação na região frontal do crânio, um corte de dois centímetros no pescoço e escoriações no abdómen”, refere o MP.

Segundo a acusação, o proprietário do estabelecimento e a namorada da vítima “foram empurrados” quando tentaram pôr fim à situação. O arguido acabou por “se colocar em fuga, arremessando a faca para o chão”.

No entender do MP, o arguido agiu “com o propósito de intimidar” a vítima e “provocar-lhe receio de vir a sofrer atos atentatórios contra a sua integridade física e vida”.

O Ministério Público considera ainda que, “ao desferir um golpe no corpo do ofendido”, “representou e quis provocar a morte” da vítima, tendo “consciência que o fazia por desentendimentos anteriores” e que não havia “motivo para tal atuação despropositada e desadequada”.

Segundo o Diário de Coimbra, o julgamento está marcado para maio no Tribunal Judicial de Coimbra.

Fonte: Diário de Coimbra

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